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Uso de vaper dobra as chances de disfunção erétil, diz estudo

Homem utilizando o cigarro eletrônico  - iStock
Homem utilizando o cigarro eletrônico Imagem: iStock

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

01/12/2021 17h56

Os homens que usam cigarros eletrônicos ou vaporizadores têm duas vezes mais chances de sofrer de disfunção erétil em relação aos que não utilizam, mostra um estudo publicado nesta semana pela revista médica American Journal of Preventive Medicine.

De acordo com o site americano Insider, essa é a primeira pesquisa a relacionar o uso de vaporizador à saúde sexual masculina.

Os cientistas avaliaram dados de mais de 13 mil homens, com 20 anos ou mais, coletados no levantamento sobre consumo de tabaco Population Assessement of Tobacco and Health Study.

De acordo com a pesquisa, os homens que relataram consumo diário de cigarro eletrônico foram 2,2 vezes mais propensos a ter disfunção erétil do que aqueles que nunca experimentaram o "substituto" do cigarro normal.

Em uma amostra menor de homens com menos de 65 anos, com IMC (índice de massa corpórea) normal e sem histórico de doença cardiovascular, a tendência persistiu: os 'vapers' tinham 2,4 vezes mais probabilidade de sofrer com problemas de ereção.

A disfunção erétil afeta cerca de um em cada cinco homens com mais de 20 anos nos Estados Unidos, de acordo com a estimativa do estudo. Mas os autores reconheceram que pode haver viés nos dados relatados para ambas as taxas de vaporização e disfunção erétil.

"De modo geral, os cigarros eletrônicos são provavelmente menos prejudiciais do que fumar, na medida em que substituem o cigarro", escreveu El Shahawy, professor assistente do Departamento de Saúde da População da NYU Langone, em um e-mail para a Insider.

"Para os homens que fumam e querem mudar porque a vaporização é menos prejudicial, eles devem tentar limitar a vaporização, pois simplesmente ela não é isenta de riscos", acrescentou.

A pesquisa não levou em conta se os voluntários estavam tomando algum medicamento que pudesse aumentar o risco de disfunção erétil, como antidepressivos ou betabloqueadores.