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Pessoas com doenças alérgicas têm risco menor de covid-19, diz estudo

Estudo concluiu que pessoas com doenças alérgicas têm risco menor de contrair covid-19 - iStock
Estudo concluiu que pessoas com doenças alérgicas têm risco menor de contrair covid-19 Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

06/12/2021 10h32

Pessoas com doenças alérgicas, como rinite e dermatite atópica podem ter um risco menor de infecção por covid-19, especialmente se também tiverem asma (risco até 38% menor), apontou um estudo feito pela Universidade Queen Mary de Londres com adultos no Reino Unido e publicado na revista médica Thorax.

Para explorar quais fatores aumentam o risco da doença, os pesquisadores analisaram dados de milhares de pessoas entre maio de 2020 e fevereiro de 2021. Todos os participantes foram solicitados a fornecer informações sobre sua idade, circunstâncias familiares, trabalho, estilo de vida, peso, altura, condições médicas, uso de medicamentos, etc.

De 16.081 pessoas elegíveis, 15.227 completaram pelo menos um questionário de acompanhamento mensal ou mais após ingressar no estudo; e 14.348 preencheram o questionário final. Ao todo, 446 participantes (quase 3%) tiveram pelo menos um episódio de infecção por covid-19 confirmada, conforme determinado pelo teste PCR durante o período do estudo, e 32 foram internados no hospital.

Como se trata de um estudo observacional, não é possível estabelecer uma relação entre causa e consequência. No entanto, os pesquisadores citam evidências que sugerem a diminuição da expressão da ACE2, proteína utilizada pelo novo coronavírus para entrar na célula e se multiplicar, em pessoas com doenças alérgicas.

O uso de imunossupressores também foi associado a uma probabilidade 53% menor de infecção pelo novo coronavírus, embora isso possa refletir o fato dessas pessoas já se protegerem mais contra a doença, informaram os pesquisadores.

Já os fatores que foram associados ao aumento no risco de covid-19 foram: etnia asiática, superlotação familiar, além de sobrepeso e obesidade.

O estudo também concluiu que fatores como idade avançada, sexo masculino e outras condições subjacentes não estão associados a um risco elevado de infecção.