Brasileiro está na lista da Nature de 10 cientistas mais influentes de 2021
O brasileiro Tulio de Oliveira, que atuou na identificação da variante ômicron do coronavírus na África do Sul, está na lista dos dez cientistas mais influentes de 2021. O ranking, da revista científica britânica Nature, foi divulgado hoje. Os nomes foram escolhidos pelo corpo editorial da publicação.
A publicação comemora o feito do brasileiro e de sua equipe da Plataforma de Pesquisa e Inovação em Sequenciamento KwaZulu-Natal (Krisp, na sigla em inglês). A revista ressalta não apenas a rápida identificação da variante, mas também o anúncio amplo da descoberta.
Isso porque a atitude permitiu ao mundo se preparar para os efeitos da variante, mesmo sob o risco de "incorrer em novas sanções, que penalizariam economicamente os países da África Austral". E foi exatamente isso que acabou ocorrendo, com fechamento de fronteiras pelo mundo para países da região.
Nas redes sociais, Tulio agradeceu o reconhecimento e ressaltou que trabalhos prévios com epidemias o ajudam a estar bem treinado para lidar com a covid-19. O brasileiro também ressaltou o investimento em pesquisa na África do Sul.
"A maneira de trabalhar do Krisp combina tecnologia molecular de ponta com vínculos estreitos com médicos e enfermeiros na linha de frente para informar políticas públicas em tempo real", destaca a Nature.
Além de Tuli , outros três nomes presentes na lista estão ligados ao combate à covid-19. São eles a engenheira ugandensa Winnie Byanyima, diretora do Unaids; a epidemiologista britânica Meaghan Kall; e Janet Woodcock, chefe da FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos.
Os outros seis nomes indicados pela Nature são a enfermeira filipina e ativista de direitos indígenas Victoria Tauli-Corpuz; a cientista Friederike Otto, do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente em Londres; Zhang Rongqiao, engenheiro espacial chinês; três pesquisadores de novas tecnologias, com enfoque em inteligência artificial: o etíope Timnit Gebru, o americano John Jumper e o francês Guillaume Cabanac.
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