O que se sabe até agora sobre eficácia das vacinas contra a ômicron
Com o surgimento da variante ômicron, muitas pessoas estão preocupadas se as vacinas contra o coronavírus ainda vão oferecer uma boa proteção. No entanto, vale ressaltar que ainda não existem tantos estudos que cheguem a uma conclusão definitiva.
Alguns representantes de laboratórios afirmaram, inclusive, que estão desenvolvendo versões atualizadas de seus imunizantes —caso de Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen.
Veja o que se sabe sobre eficácia das vacinas contra a ômicron
Vacinas são importantes e essenciais para combater a pandemia. O que se sabe é que os imunizantes como os de Pfizer, AstraZeneca e Janssen, que injetam a proteína spike no organismo humano para ensiná-lo a combater o coronavírus, podem não ser ideais para a defesa contra a nova variante ômicron, que tem mutações justamente nessa proteína, dizem especialistas. Mas isso não significa que essas vacinas oferecerão proteção zero. Elas continuam sendo fundamentais.
Já a CoronaVac, que é uma vacina de tipo tradicional, feita a partir do vírus inteiro inativado da Sars-CoV-2, pode apresentar vantagem com relação às demais, já que ela ensina o sistema imune a combater o vírus inteiro, e não apenas a proteína spike.
- Pfizer
Um estudo feito com a vacina da Pfizer mostrou que ela é menos efetiva contra internação pela ômicron. De acordo com os dados, as duas doses do imunizante proporcionaram 70% de proteção contra hospitalização na África do Sul.
Isto representa uma queda em relação aos 80% de proteção contra infecções, que é comparável aos 93% de eficácia contra internações hospitalares durante o surto sul-africano da delta. Os pesquisadores alertam que as descobertas são consideradas preliminares.
- AstraZeneca e Janssen
Pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram os resultados de um estudo, sem revisão por outros cientistas, no qual analisaram amostras de sangue de participantes que receberam doses da AstraZeneca-Oxford ou da Pfizer-BioNTech, em um estudo amplo que analisou misturas de vacinas.
A conclusão é que duas doses das duas vacinas citadas não induzem anticorpos neutralizadores suficientes contra a variante ômicron. No entanto, o estudo disse que isso não significa que poderia aumentar o risco de doenças graves, hospitalizações ou morte naqueles que receberam duas doses de vacinas aprovadas.
Um outro artigo, também sem revisão por pares, envolvendo AstraZeneca, Pfizer, Janssen e Moderna, mostrou que todos os imunizantes são menos eficazes contra a nova variante, mas ainda geram alguma proteção. Eles incluíram indivíduos que foram vacinados recentemente ou tomaram recentemente doses de reforço, e também tiveram infecção prévia de Sars-CoV-2.
- CoronaVac
Duas doses da CoronaVac induziram níveis "inadequados" de proteção contra a variante ômicron do coronavírus, indicaram resultados preliminares de um estudo conduzido pela Universidade de Hong Kong, na China.
Os pesquisadores recomendaram que o público receba uma terceira dose da vacina, enquanto novos ensaios são realizados para verificar a eficácia do profilático. Inclusive, cientistas informaram que uma nova versão da vacina CoronaVac efetiva contra a variante ômicron do Sars-CoV-2 pode estar disponível em até três meses.
Terceira dose pode ajudar?
Sim. A proteção que você adquire após a terceira dose é maior, mais ampla e mais memorável do que você tinha antes. Um dose de reforço não é apenas mais do mesmo para o sistema imunológico.
Portanto, enquanto a ômicron está tentando se distanciar de nosso sistema imunológico, cada dose de vacina e, de fato, cada infecção está dando às defesas de nosso corpo mais ferramentas para combatê-lo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.