Estudo da USP vai analisar comportamento sexual; veja como participar
Para entender o comportamento sexual em diversas regiões do mundo, o IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), ao lado de outros 45 países, está realizando um grande estudo sobre o tema.
A ideia é examinar diferentes comportamentos sexuais, incluindo aspectos positivos, como a satisfação e o desejo sexual, e os negativos, como os riscos e problemas do funcionamento sexual. Um dos questionários já está disponível e pode ser respondido até o final de março de 2022 —qualquer pessoa a partir de 18 anos pode participar: clique aqui para responder ao questionário.
Segundo Marco Scanavino, psiquiatra do IPq da FMUSP, a proposta é validar alguns conceitos a partir desse estudo. "Um exemplo é essa área do transtorno do comportamento sexual compulsivo e também do consumo compulsivo de pornografias", explica. "Essas áreas são, do ponto de vista científico, relativamente novas", diz.
Ainda de acordo com Scanavino, o objetivo é que a pesquisa envolva públicos diversos, e não só pessoas que tenham um transtorno relacionado à sexualidade. "Por meio das respostas dos formulários, teremos uma ideia dessa diversidade de comportamento no campo da sexualidade", afirma o psiquiatra.
Com isso, o estudo irá examinar sistematicamente por que e para quem diferentes comportamentos sexuais podem apresentar resultados ideais ou adversos, e ajudar aqueles que tenham uma experiência sexual problemática.
A partir disso, será possível fornecer escalas públicas que avaliem de forma confiável diferentes comportamentos sexuais e que poderão ser usadas em pesquisas futuras, identificar fatores de risco e proteção, bem como populações que podem ser alvos de proteção e intervenções.
Após a coleta dos dados até o final de março, as primeiras informações serão divulgadas nos meses seguintes, em 2022, antes das publicações em jornais científicos.
Perfil em cada cidade
Outro aspecto relevante é entender essa diferença no comportamento sexual a partir da cidade em que cada indivíduo vive. Será São Paulo, por exemplo, por seu tamanho e heterogeneidade, uma cidade mais livre sexualmente ou onde ocorrem mais comportamentos sexuais problemáticos?
E quais as diferenças —ou similaridades— que serão apontadas no comportamento sexual de cada país do estudo? Com a pandemia, com o isolamento social e a redução no contato físico entre as pessoas, o que mudou? O sexo virtual ganhou corpo? É o que os pesquisadores querem descobrir após o resultado.
De acordo com o IPq, a "Pesquisa Internacional da Sexualidade" (ISS, na sigla em inglês) é considerada a maior já realizada sobre o assunto e tem a meta de alcançar o número de 90 mil participantes (2 mil em cada país). A coordenadora principal do levantamento é Beáta Bothe, da Universidade de Montreal, Canadá.
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