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Jada Pinkett Smith fala de calvície por doença autoimune; entenda o quadro

A calvície de Jada Pinkett Smith é causada pela alopecia, uma doença autoimune - Reprodução/Instagram
A calvície de Jada Pinkett Smith é causada pela alopecia, uma doença autoimune Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem, em São Paulo

30/12/2021 16h02

Convivendo com a queda de cabelo, Jada Pinkett Smith compartilhou um vídeo bem-humorado em seu Instagram contando como lida com o problema. A atriz e apresentadora do "Red Table Talk" sofre de alopecia, uma doença autoimune que pode provocar a perda de pelo em várias partes do corpo.

Nas redes sociais, Jada ainda brincou falando que vai usar joias para esconder a falha no couro cabeludo. "Cheguei ao ponto em que só posso rir. Vocês sabem que eu tenho lidado com a alopecia e, do nada, apareceu essa falha aqui. Olhem só. Ela veio do nada e vai ser mais difícil de esconder. Então achei melhor mostrar para todos, para não surgirem dúvidas", diz a atriz (veja o vídeo abaixo na íntegra):

O que é alopecia?

A alopecia, ou apenas queda de cabelo, como geralmente a chamamos, pode ser provocada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas.

Um dos tipos mais comuns de alopecia é a areata, considerada uma doença autoimune — quando as células atacam o próprio organismo. Ela atinge aproximadamente 2% da população mundial em diferentes níveis e pode afetar desde pequenas áreas do couro cabeludo ou da barba, por meio de lesões circulares, até causar a completa ausência dos fios em todo o corpo.

Outro tipo comum da alopecia é a androgenética, que também é autoimune e causa o afinamento progressivo dos fios. Ela é mais recorrente entre os homens, cujas áreas mais atingidas são a coroa e a região frontal (entradas).

Já as mulheres — estima-se que 5% tenham alopecia androgenética — sofrem com sintomas mais discretos como perda capilar na região central do couro cabeludo. No caso delas, os períodos de queda intensa podem ter relação com irregularidade menstrual, acne ou obesidade. A perda capilar em pessoas com algum tipo de alopecia também pode se intensificar por fatores emocionais, como estresse intenso.

O quadro não é contagioso e não apresenta riscos à saúde. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), casos de perda total dos fios no corpo em razão da alopecia são minoria e acometem cerca de 5% dos indivíduos que sofrem com o problema.

Existe tratamento?

Sim. De acordo com a SBD, a alopecia areata pode ser tratada com medicamentos tópicos para controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a doença desapareça.

Porém, por se tratar de uma doença autoimune, não existe um tratamento considerado definitivo para evitar a perda capilar. Dessa forma, é provável que o paciente precise de acompanhamento constante e enfrente períodos de perda capilar intensa e outros de estabilidade.

Para as áreas que foram completamente tomadas pela queda dos fios, uma alternativa é o transplante capilar. Ele ajuda a melhorar o aspecto estético ao reimplantar fios do próprio couro cabeludo na região calva. Apesar de melhorar as áreas afetadas pela calvície, a técnica não impede a queda nas demais áreas.

Em meio às diversas alternativas, especialistas ressaltam que é fundamental que o paciente busque um dermatologista para que possa entender as causas da perda capilar e para que o médico defina o melhor tratamento para o caso.

* com informações de reportagens publicadas em 10/06/2020 e 04/02/2021.