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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Atleta morre de infarto aos 32 anos; problema é mais perigoso em jovens?

Reprodução/Redes sociais
Imagem: Reprodução/Redes sociais

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo*

04/01/2022 12h21

A atleta Monique Janaína Piske, campeã brasileira de muay thai, morreu aos 32 anos, no último domingo (2), em decorrência de um infarto fulminante. A informação foi confirmada pela irmã Luciana em suas redes sociais.

De acordo com Edmo Atique Gabriel, cardiologista e colunista de VivaBem, o que diferencia o infarto em pessoas jovens é justamente o fato de que o problema costuma ser fulminante, ou seja, mata nas primeiras horas, sem muita possibilidade de salvamento ou tratamento complementar.

O especialista explica que, conforme envelhecemos, os vasos sanguíneos podem ir sendo obstruídos aos poucos por placas de gordura. Para compensar isso e garantir que o sangue sempre chegue ao coração, o corpo desenvolve uma nova rede de vasos —o que é chamado de circulação colateral. Em um eventual entupimento arterial, esses "novos caminhos" criados para o sangue ajudariam a sobreviver a um infarto.

"Dentre as escassas desvantagens da juventude, pode-se destacar a insignificante quantidade de circulação colateral no coração", diz. "Essa é a causa mais determinante do infarto fulminante em indivíduos com menos de 50 anos."

No entanto, quando uma pessoa mais jovem sobrevive ao ataque cardíaco, ela tende a ter uma melhor resposta ao tratamento. Aqui, o condicionamento geral do paciente conta mais que a idade, mas pessoas com menos de 40 anos costumam ter os demais órgãos (como pulmão e rins) funcionando bem e menos problemas de saúde comuns do envelhecimento.

Há como prevenir

No caso da lutadora Monique Janaína Piske, só uma avaliação médica pode identificar as causas do infarto e o que poderia ser feito para evitar o problema —por ser atleta, provavelmente, ela já mantinha a maioria dos hábitos recomendados para reduzir o risco de ter um ataque cardíaco.

Mas, para não atletas, como eu e você, leitor, o colunista de VivaBem afirma que a primeira medida de prevenção é manter a prática regular de exercícios físicos. "E exercício físico não implica, necessariamente, em estar frequentando regularmente uma academia", diz o especialista, que exemplifica opções saudáveis de atividade física que podemos incluir na rotina para proteger a saúde do coração:

  • Substituir o carro pela caminhada ou bicicleta;
  • Utilizar mais as escadas do que elevadores;
  • Realizar atividades que agreguem a movimentação corpórea e o relaxamento mental.

Manter o controle da pressão arterial, do colesterol, do consumo de açúcar e o combate ao tabagismo também são essenciais para a prevenção da doença coronária e, consequentemente, do infarto do miocárdio. Aprender a gerenciar o estresse, dormir bem e cultivar o lazer também são medidas importantes.

Além disso, não deixe de ir ao médico. "O ideal é que todas as pessoas façam check-up anual com o cardiologista, obrigatoriamente, acima dos 35 anos. Mas para quem tem histórico familiar ou sente alguma coisa, não tem idade mínima", recomenda Yuri Brasil, médico assistente do Departamento de Cardiologia Clínica e Intervencionista da Santa Casa de Araraquara (SP).

*Com informações de reportagem publicada em 24/04/2019.