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Covid-19: escolho a dose pediátrica ou espero meu filho completar 12 anos?

Dose pediátrica é diferente da utilizada em vacinas aplicadas em quem tem mais de 12 anos - iStock
Dose pediátrica é diferente da utilizada em vacinas aplicadas em quem tem mais de 12 anos Imagem: iStock

Sarah Alves

Colaboração para o VivaBem

11/01/2022 18h01

Mesmo ainda sem data oficial para o início da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil, muitas pessoas já se perguntam se é melhor esperar os filhos completarem 12 anos para receber o imunizante padrão. Especialistas ouvidos por VivaBem afirmam que a recomendação é vacinar o quanto antes, obedecendo a idade indicada.

"Adiar uma semana pode ser a diferença entre o seu filho estar infectado ou não. Sabemos que a nova onda tem infectado muita gente, precisamos começar o esquema para as proteções individual e coletiva", afirma Renato Kfouri, infectologista pediátrico e presidente do Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

No caso da Pfizer, há uma diferença entre as vacinas administradas a partir dos 12 anos e as para crianças entre 5 e 11 anos, chamadas doses pediátricas. Estas últimas possuem uma concentração menor de antígeno. Mas não é preciso atrasar a vacinação para receber outra dose, segundo a pediatra Flávia Bravo, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações). "Os ensaios clínicos demonstraram que a eficácia até 11 anos com essa dose tem resposta igual a quem já completou 12 anos com a dose maior", diz.

Outro alerta é que, após a aplicação da primeira dose, as demais devem seguir o mesmo esquema vacinal. Ou seja, se a dose pediátrica foi a primeira, o ciclo de imunização deve ser feito com ela, independentemente se houve mudança de idade. Isso acontece porque os estudos usam combinações de doses iguais.

"Atrasar dose é bobagem no momento em que vemos aumento brutal da ômicron. Você tem que buscar proteção com a confiança de que a eficácia foi comprovada", comenta Flávia Bravo. Segundo a especialista, a busca por proteção deve ser prioridade porque, neste momento, pessoas sem vacina são as mais vulneráveis à infecção e repercussões graves da doença.