Alteração no hábito intestinal pode ser alerta para câncer colorretal
A alteração no hábito intestinal, com prisão de ventre e diarreia alternados, pode ser um alerta para câncer colorretal, que afeta intestino grosso (o cólon) e reto. Para este ano, segundo estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve ter 41 mil novos casos da doença. É o segundo tumor maligno, excluindo o câncer de pele não melanoma, mais comum em homens e mulheres, atrás apenas, respectivamente, de câncer de próstata e mama.
Além da mudança no hábito intestinal, perda de peso sem causa aparente, anemia, dor ou desconforto abdominal, sangue nas fezes e alteração no formato (muito finas e compridas) são sinais de atenção.
Um dos fatores de risco é a idade e, para identificar precocemente a doença, a recomendação é realizar colonoscopia a partir dos 50 anos. O exame pode ser feito a partir dos 40 anos, em caso de quadros na família.
"Quando o paciente apresenta sintomas, já pode ser sinal de uma doença mais avançada. Por conta disso, é fundamental a realização de colonoscopia", afirmou em nota Héber Salvador, cirurgião oncológico e presidente da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica).
De acordo com Salvador, o exame permite a retirada de pólipos, lesões presas na parede do intestino que poderiam evoluir para câncer.
Casos hereditários da doença representam incidência de 5% a 10%, sendo a síndrome de Lynch a mais prevalente. Há atenção para a polipose adenomatosa familiar, quando pessoas têm quadros de pólipos em maior número, precisando frequentemente de colonoscopia.
Uma das orientações da SBCO para evitar a doença é optar por uma alimentação com frutas e hortaliças, no lugar de alimentos processados, bebidas alcoólicas e refrigerantes, além de outras bebidas açucaradas. O consumo de carnes vermelhas deve ser moderado.
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