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Amamentar reduz risco de doenças cardiovasculares nas mães, diz estudo

Pesquisa salienta que, além dos benefícios para bebês, aleitamento pode ser positivo à saúde feminina - iStock
Pesquisa salienta que, além dos benefícios para bebês, aleitamento pode ser positivo à saúde feminina Imagem: iStock

Colaboração para o VivaBem

12/01/2022 17h50

Uma revisão de estudos apontou que amamentar pode reduzir em 11% o risco de mulheres desenvolverem doenças cardiovasculares. Os pesquisadores também identificaram risco menor de derrame e morrer desses doenças do coração.

A pesquisa foi publicada na terça-feira (11) no periódico JAHA (Journal of the American Heart Association) e reúne oito estudos realizados entre 1986 e 2009 na Austrália, China, Noruega, Japão, Estados Unidos e um estudo multinacional.

Foram usados dados de 1,2 milhão de mulheres, com idade média de 25 anos no primeiro parto. O levantamento indicou que 82% amamentaram em algum momento da vida. O relatório não observou "diferenças notáveis" para o risco das doenças cardiovasculares de acordo com a idade ou número de gestações.

Em um período médio de acompanhamento de 10 anos, as mulheres tiveram 14% menos riscos de terem doença coronariana e 12% menos probabilidades de sofrerem um AVC (acidente vascular cerebral).

"Embora os benefícios da amamentação para bebês e crianças estejam bem estabelecidos, as mães devem ser encorajadas a amamentar seus bebês, sabendo que estão melhorando a saúde de seus filhos e a sua própria saúde também", disse Shelley Miyamoto, uma das autoras do estudo e presidente do conselho do JAHA para doenças cardíacas congênitas e saúde do coração nos jovens.

Segundo ela, a conscientização sobre os benefícios multifacetados do aleitamento materno pode ser particularmente útil para as mães que estão debatendo o aleitamento materno versus a mamadeira.

Segundo os pesquisadores, outra observação importante é que o estudo reforça a necessidade de apoio à amamentação. "Essas descobertas destacam a necessidade de incentivar e apoiar a amamentação, como ambientes de trabalho favoráveis, educação e programas sobre o tema para as famílias antes e depois do parto", indicou Peter Willeit, professor de epidemiologia clínica na Universidade Médica de Innsbruck, na Áustria.