Não sei se meus filhos tiveram covid, devo vaciná-los agora ou esperar?
A explosão de casos no país, agora, pela disseminação da ômicron, a nova variante do coronavírus, tem levantado dúvidas sobre como proceder com a vacinação infantil, que teve início há poucos dias em quase todos os estados brasileiros.
De acordo com Flávia Bravo, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a recomendação infantil segue as mesmas diretrizes que a dos adultos. Em caso de suspeita de contágio e o surgimento de sintomas presume-se que a criança esteja, sim, infectada, mesmo que não tenha sido possível fazer o teste.
Nesses casos, deve-se aguardar o período de quatro semanas após o surgimento dos sintomas para que elas sejam devidamente imunizadas, de acordo com o calendário de vacinação.
"Então, as crianças de 5 a 11 anos devem ser vacinadas assim que possível. Só não serão vacinadas se estiverem na vigência de um quadro febril agudo, que exige a realização de teste para covid", explica Raquel Stucchi, médica infectologista, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
Quanto a falta de testes noticiados recentemente em boa parte do país, Bravo ressalta que é importante fazê-lo somente com critérios básicos para que haja disponibilidade quando houver riscos claros de infecção. Normalmente, quando há contato próximo com quem está com covid-19, o risco de contágio é muito maior.
"As pessoas fazerem teste, que está em escassez, só para definição de vacinação não faz o menor sentido. Se a pessoa está assintomática e não teve contato com ninguém infectado leva para vacinar e pronto. A dúvida só vai existir quando há sintomas e histórico de contato com doentes", conclui.
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