Estudo: Butanvac induz mais resposta de anticorpos do que vacinas de mRNA
A ButanVac, candidata à vacina contra a covid-19, induziu proporcionalmente mais anticorpos que podem neutralizar o vírus do que as atuais vacinas de mRNA (Moderna e Pfizer), segundo um estudo preliminar divulgado nesta sexta-feira (28).
"A vacina NDV-HXP-S induziu respostas de anticorpos neutralizantes contra o tipo selvagem (o original) Sars-CoV-2 que corresponderam ao que vemos após a vacinação com mRNA, mas a proporção de anticorpos neutralizantes na resposta foi maior para NDV-HXP-S", disse Florian Krammer, cientista da Icahn School of Medicine em Mount Sinai, em Nova York, onde a vacina está sendo desenvolvida, em entrevista à Reuters.
A pesquisa foi realizada na Tailândia, mas ainda não foi publicada em revistas científicas ou revisada por outros especialistas. A versão inativada também está sendo testada no Vietnã e no Brasil. Já os primeiros ensaios clínicos com uma versão ativada do vírus estão em andamento no México e nos Estados Unidos.
Sobre a ButanVac
A vacina utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do novo coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor é o da doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Daí vem o nome internacional da ButanVac: NDV-HXP-S (Newcastle disease virus - HexaPro - Spike).
A ButanVac será produzida totalmente em solo brasileiro a partir da inoculação do vetor viral em ovos embrionados de galinhas —mesma tecnologia da vacina contra a influenza (gripe). Além de ser barata e muito disseminada, essa técnica é uma especialidade do Butantan: o instituto produz anualmente 80 milhões de vacinas da gripe usando ovos.
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