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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Jimin, do BTS, é internado com apendicite; quadro é mais comum em jovens

O cantor Jimin, integrante do grupo sul-coreano BTS - Instagram/Reprodução
O cantor Jimin, integrante do grupo sul-coreano BTS Imagem: Instagram/Reprodução

Colaboração para o VivaBem*, em São Paulo

31/01/2022 18h15

O cantor Jimin, integrante do grupo BTS, passou por cirurgia de apendicite aguda nesta segunda-feira (31). O artista de 26 anos foi internado ontem com um quadro de dor abdominal e também testou positivo para a covid-19, informou a gravadora Big Hit Entertainment. "Jimin sentiu uma dor abdominal repentina junto com leve dor de garganta no dia 30 de janeiro, no período da tarde", diz o comunicado.

Apendicite é a inflamação do apêndice, parte do corpo humano ainda sem função definida e que pode estar em extinção, segundo especialistas. A estimativa é que o problema afete 1 em cada 500 pessoas por ano, sobretudo os jovens.

Especialistas recomendam buscar ajuda médica quando a pessoa tem mal-estar na região abdominal que não passa em poucas horas. Caso o atendimento demore, a condição pode evoluir rapidamente e causar perfuração do órgão. Entre as complicações, há risco de ocorrer o vazamento de fezes, já que o apêndice tem ligação direta com o intestino, além de acúmulo de pus (abcesso), obstrução intestinal (aderência), fístula, sepse e até risco de morte.

Quais os sintomas de apendicite aguda?

O principal sintoma de apendicite é dor abdominal aguda e persistente, principalmente no lado direito inferior da barriga, perto da virilha. Porém, é possível que o incômodo se espalhe por outras regiões.

"Como o apêndice é um órgão móvel, ele pode se movimentar em direção à parede anterior do abdome, à parte posterior do rim, da pelve e até do fígado. Nesses casos, o incômodo é sentido nessas regiões. Por isso, no passado, dizia-se que a apendicite era a doença das mil faces", explica Carlos Walter Sobrado*, professor de gastrocirurgia do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Outros sinais são:

  • Dor em cólicas --geralmente mais localizada na boca do estômago (região epigástrica);
  • Enjoo;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Febre (abaixo de 38 °C);
  • Prisão de ventre ou diarreia;
  • Barriga distendida.

Cirurgia é o tratamento mais indicado

Geralmente, o diagnóstico de apendicite é feito por avaliação clínica, analisando os sintomas do paciente. O tratamento indicado é a remoção do apêndice, por cirurgia. As técnicas mais utilizadas são a laparotomia (corte) e videolaparoscopia, menos invasiva —neste caso, a internação pode ser por 24 horas e o retorno às atividades acontece em três ou quatro dias, com liberação para exercícios físicos mais intensos depois de 15 dias.

Há também alternativa de tratamento clínico com antibióticos. No entanto, ele não é definitivo e novas crises podem ocorrer. "A alternativa, porém, é considerada exceção, dadas as altas taxas de falha (três em cada 10 pacientes). Nos casos de sucesso, no prazo de um a três anos a pessoa tende a ter outra crise", afirma Adonis Nasr*, professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

*Com informações de reportagem publicada em 13/08/19