Travesseiro pode ser vilão ou melhor amigo do sono: veja como escolher
Uma noite tranquila de sono faz diferença na rotina de qualquer pessoa e alguns fatores podem interferir para que isso ocorra. É preciso levar em conta o colchão, a roupa de cama, se a temperatura no quarto está agradável e, claro, se o travesseiro é adequado, entre outras coisas.
Esse acessório tem a função de manter a coluna cervical e o pescoço alinhados com a região torácica e a lombar, fornecendo apoio para que a pessoa consiga relaxar a musculatura durante o sono e, assim, acordar sem dor. Por isso, uma escolha errada pode resultar no famoso "dormir de mau jeito", com qualidade ruim do descanso, que deveria ser reparador.
Reunimos aqui algumas orientações de especialistas da área médica ouvidos na reportagem*. Confira as informações a seguir.
Má postura e dor de cabeça
Usar travesseiro de maneira errada pode provocar dores de cabeça, principalmente por uma questão tensional da musculatura da coluna cervical. Nessa situação, o posicionamento do pescoço durante o sono resulta na contratura de alguns músculos dessa região e gera a chamada cefaleia cervicogênica.
Mesmo que você não durma tantas horas por dia, é longo o tempo que passa deitado, e ficar numa posição incorreta é o mesmo que ficar sentado de um jeito errado por um longo período.
Como escolher o tipo certo
A escolha dependerá, especialmente, do jeito como você dorme. É importante que o travesseiro preencha a curva do pescoço fazendo com que a cervical fique alinhada ao restante do corpo. Portanto, a densidade ideal leva em conta a estrutura física e preferência da pessoa, mas é fundamental que a cabeça não afunde totalmente e que o material consiga sustentá-la durante toda a noite.
Por exemplo: quem dorme de lado deve escolher um travesseiro com altura que, mesmo com a cabeça afundando um pouquinho, mantenha a coluna alinhada.
Os extremos também são prejudiciais: prefira um travesseiro intermediário, nem muito mole, nem muito duro, e atente-se ao desgaste que acontece com o tempo, pois, se ele perder bastante altura, o melhor é substituí-lo.
Ainda que não existam na literatura médica afirmações sobre quais materiais são mais indicados na hora de escolher um travesseiro, é fato que alguns deles possuem moldagem e memória diferenciadas, proporcionando mais conforto.
Travesseiro cervical
Apesar de ser mais denso e com formato ergonômico, deve respeitar o espaço entre o ombro e a cabeça e ser firme para que ela não afunde, sem ser rígido demais. Algumas pesquisas indicam o produto para quem tem artrose na coluna cervical ou doença degenerativa mais avançada.
Veja alguns produtos:
Travesseiro cervical ortopédico Fibrasca
Preço: R$ 88,28*
Tem suporte firme em formato cervical e é indicado para pessoas que dormem de lado ou de barriga para cima. O revestimento é feito em malha de algodão com zíper, o que facilita a higienização. Possui canais que permitem a circulação de ar, segundo o fabricante.
Travesseiro cervical Fresh Duoflex
Preço: de R$ 109 por R$ 95,46* (desconto de 12%)
Diferente do travesseiro da Nasa com formato padrão, este é feito de espuma de poliuretano com gomos massageadores que estimulam a circulação. Possui capa dry fresh 100% algodão e é antiácaros, fungos e bactérias, de acordo com informações do fabricante.
Travesseiro de penas ou plumas de ganso
É o tipo mais leve e macio do mercado — e também o mais caro. Não é indicado para pessoas alérgicas, a não ser que seja feito de material sintético.
Veja alguns produtos:
Travesseiro 50% plumas 50% penas de ganso Daune
Preço: R$ 214*
Como o próprio nome diz, o enchimento do travesseiro é dividido em partes iguais de plumas e penas de ganso. É um produto de alto custo, em função da matéria-prima, segundo o fabricante. Possui revestimento feito em 100% algodão de 233 fios e proteção contra ácaros, fungos e bactérias.
Travesseiro Ecopluma
Preço: R$ 87,57*
Esta é uma proposta interessante para quem deseja dormir com toque similar ao da pluma, mas sem agredir os gansos, pois o enchimento é sintético. A fibra que imita a pluma natural é siliconizada e tem formato esferal, segundo o fabricante. O produto é integralmente lavável em máquinas, a uma temperatura de até 40°C.
Travesseiro da Nasa
É feito com poliuretano, fibra desenvolvida pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) para revestimento de naves nos anos 1960. Por ser de um material automoldável e por ter capacidade de memória, ajusta-se com facilidade à coluna cervical. É uma opção que pode trazer mais conforto aos idosos, por exemplo.
Conheça alguns produtos:
Travesseiro Nasa-X Duoflex
Preço: de R$ 71,43 por R$ 62,14* (desconto de 13%)
Indicação da Amazon, esse produto é produzido com espuma viscoelástica injetada. Vem com uma capa de malha feita 100% em algodão e tecnologia antiácaros, fungos e bactérias, de acordo com o fabricante. Tem 13 centímetros de altura.
Travesseiro Nasa Luxo Duoflex
Preço: R$ 121,61*
Mais alto que os demais produtos considerados padrão, este travesseiro tem 17 centímetros de altura. Vem com uma capa de plush, feita em 85% de algodão, 15% de poliéster, com zíper. Segundo informações do fabricante, é antiácaro e tem enchimento de espuma 100% em poliuretano.
Travesseiro de espuma em látex
Não provoca a sensação de "afundamento" encontrada em grande parte dos travesseiros, o que oferece uma boa sustentação para a cabeça. No entanto, pode esquentar e causar certo desconforto em locais onde faz mais calor, por conta do material em que é fabricado. O látex da composição é extraído diretamente da seringueira.
Travesseiro alto 100% em látex Duoflex
Preço: R$ 180,75*
Com altura de 16 centímetros e tecnologia antiácaro, o travesseiro é lavável e indicado para quem dorme de lado e de barriga para cima. Sua capa é feita 100% em percal 200 fios, algodão considerado macio, e o revestimento é 100% em látex. O odor do material pode incomodar nas primeiras noites, mas a tendência é que ele suma.
*Fontes: João Paulo Bergamaschi, especialista em coluna vertebral, coordenador da pós-graduação em cirurgia endoscópica de coluna na USP (Universidade de São Paulo), médico do Hospital Samaritano e diretor da Clínica Atualli Spine Care; Michel Kanas, especialista em coluna vertebral, ortopedista do Hospital Israelita Albert Einstein e médico do Instituto Cohen (Ortopedia, Saúde e Esporte); Sandra Alamino, fisiatra, especialista em Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria) pelo HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e pós-graduada em Tratamento da Dor Crônica pela mesma instituição.
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* Os preços e a lista foram checados no dia 11 de fevereiro de 2022 para atualizar esta matéria. Pode ser que eles variem com o tempo.
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