Covid-19: em estudo clínico, remédio para artrite reduziu mortalidade
O baricitinibe, remédio usado no tratamento de artrite reumatoide, reduziu o risco de morte de pacientes hospitalizados com covid-19 em 13%, de acordo com um artigo pré-print (que ainda não foi revisado por outros especialistas), publicado na plataforma MedRxiv no dia 3 de março.
Entre fevereiro e dezembro de 2021, os pesquisadores compararam 4.148 pacientes hospitalizados que receberam alguns cuidados contra a covid-19 (corticoesteroides e o medicamento tocilizumabe, que atua no sistema imunológico) mais baricitinibe com 4.008 pacientes hospitalizados que receberam apenas os cuidados sem o remédio para artrite. Dos pacientes que tomaram baricitinibe, 513 pessoas (12%) morreram dentro de 28 dias após a randomização, e 546 (14%) morreram no grupo controle, escreveram os pesquisadores.
Segundo eles, essa redução proporcional de 13% na mortalidade ainda é menor do que o encontrado em ensaios anteriores da droga. Em uma meta-análise anterior de oito estudos, ela foi associada a uma redução de 43% na mortalidade. Entretanto, ao adicionar o estudo em questão à análise, a redução do risco de morte é de 20%.
"Adicionar baricitinibe a tudo o que os médicos estão prescrevendo atualmente é benéfico", diz o cientista clínico da Universidade de Oxford Martin Landray, um dos principais pesquisadores do estudo.
No Brasil, droga é liberada desde outubro
No dia 21 de janeiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou o uso do baricitinibe para o tratamento da covid-19. Entretanto, desde outubro de 2021, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já havia permitido o uso no Brasil para tratar "pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva."
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