Aneurisma: o que é o problema que Juliette acreditou ter?
No programa "Conversa com Bial" exibido na madrugada desta quarta (9), Juliette, a campeã do "BBB21", falou sobre um suposto aneurisma descoberto em agosto do ano passado.
Apesar de dizer que o problema simplesmente "sumiu", a cantora paraibana explicou que os médicos descobriram meses depois, em uma cirurgia, que não se tratava de um aneurisma, como foi afirmado a ela, inicialmente, mas, sim, de outra questão —que a ex-BBB não revelou qual é.
O que é um aneurisma?
O aneurisma é caracterizado por uma dilatação anormal de um vaso sanguíneo causada pelo enfraquecimento das paredes da veia ou da artéria, sendo mais comum o aneurisma arterial.
O problema é causado geralmente por algum trauma ou doença vascular, mas pode ter um componente genético importante. A dilatação é como uma "bexiga" que se forma na parede do vaso e, conforme vai aumentando a pressão interna, pode romper e causar um AVC hemorrágico.
O mais comum é que, antes de estourar, o aneurisma seja assintomático e só seja descoberto em exames de rotina ou por acaso. Já quando se rompe, o sinal mais comum é uma forte dor de cabeça, mas pode apresentar confusão mental e a perda de movimentos. Em casos mais graves é possível que a pessoa entre em coma.
Um aneurisma pode sumir?
Como a própria Juliette afirmou, o problema dela não sumiu. Na verdade, ela recebeu o diagnóstico errado de aneurisma e depois foi identificado que tinha outro quadro.
Feres Chaddad, professor, chefe da disciplina de neurocirurgia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e chefe da neurocirurgia da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), afirma que, se a pessoa realmente tem um aneurisma, o problema não desaparece.
"Quando alguém tem um aneurisma, ele pode ser trombosado (formar um coágulo), por exemplo. Nesse caso a dilatação não some, mas o fluxo sanguíneo do vaso é interrompido, o aneurisma não vai romper e causar um AVC (que pode levar à morte), diz Chaddad.
No caso de Juliette, o neurologista levanta duas hipóteses cientificamente possíveis: a primeira é de que o aneurisma tenha sido confundido com dobras de artéria ou uma variação anatômica. Já a segunda diz respeito ao infundíbulo, algo que era muito confundido com aneurisma no passado, embora seja apenas uma dilatação da própria artéria em sua base.
Como é feito o diagnóstico de um aneurisma?
Há três tipos de exame para identificar um aneurisma cerebral: angioressonancia, angiotomografia e a angiografia cerebral digital, este último considerado padrão-ouro.
"Qualquer confusão em exames anteriores pode ser descartada com uma angiografia cerebral digital, que provavelmente é o último exame que a Juliette fez", diz Chaddad, explicando que a hipótese considerada com os exames iniciais, e que não foi confirmada neste último exame mais específico, é que pode ter causado toda a confusão.
Para ele, é muito raro uma pessoa jovem, como a Juliette, desenvolver um aneurisma, mesmo que a irmã tenha morrido aos 17 anos com o problema e a mãe sofra com condições relacionadas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.