Filha de Arthur, do BBB, ainda não come açúcar e glúten; tem idade certa?
No "BBB 22", Arthur Aguiar contou que a filha Sophia, de 3 anos, não come glúten, açúcar e leva comidas saudáveis em festas. "Ela não sofre, não. Ela nunca chorou. Quando alguém vem oferecer alguma coisa pra ela, ela pergunta: 'Tem açúcar? Tem glúten?'. Aí a pessoa fala: 'Tem'. E ela: 'Então não quero'. Ela aprendeu desde sempre. A Sofia só come pão sem glúten. A manteiga dela é vegana."
Segundo Maria Emília Suplicy, nutricionista infantil do Hospital Pequeno Príncipe (PR), a orientação é não comer açúcar até os 2 anos. "É recomendado não ofertar açúcar por conta do desenvolvimento do paladar. Se comer, a criança começa a criar preferência por gostos adocicados e tem dificuldade de aceitar alimentos naturais", explica.
Depois disso, afirma a nutricionista, cabe o "bom senso" de pais e responsáveis em incentivar uma alimentação saudável, com consumo controlado de açúcar. O excesso, lembra, pode alterar o perfil glicêmico e causar diabetes, mesmo em crianças.
No caso do glúten, a indicação é que as crianças tenham o primeiro contato aos 7 meses, por ser um alimento alergênico (assim como o ovo, por exemplo). Suplicy orienta que o consumo só é vetado para pessoas celíacas, com intolerância ao composto.
A recomendação geral, no entanto, é administrar a alimentação para prover a maior quantidade de produtos in natura. Alimentos processados e ultraprocessados devem ser pouco consumidos, pela alta concentração de sódio, açúcar e demais substâncias.
"Geralmente, os alimentos mais industrializados têm adição muito alta de conservantes e estabilizantes industriais, para manter sabor e aroma, compostos que podem ser tóxicos", alerta o nutricionista infantil Sidclay Padilha da Silveira, do Grupo Prontobaby. Quadros de obesidade e hipertensão infantis estão associados ao consumo excessivo dos produtos.
Espelho dos pais
O participante do "BBB 22" também contou que sua esposa, a empresária Maíra Cardi, combinou que ela ficaria responsável pela alimentação da pequena. "Ela falou: 'A única exigência que eu faço é que você deixe a alimentação da sua filha 100% comigo, que você não dê nada pra ela fora do que eu acho que é bom e que você não coma nada na frente dela. É a única coisa que eu te peço'. Eu falei: 'Tá bom'. Então eu não como nada na frente da Sofia. Porque como é que eu vou explicar pra ela? Eu posso e você não pode?", disse.
De fato, o que os pais comem impacta os hábitos alimentares dos filhos. "Quando a criança observa o que a família come, isso vai moldar o perfil nutricional dela", explica Silveira, do Grupo Prontobaby.
Também é importante que o vínculo com a alimentação seja bem estabelecido de forma saudável desde a infância. As refeições devem ser feitas sem demais estímulos, como em frente à TV e junto ao uso de demais eletrônicos, para estimular a concentração dos pequenos aos gostos, cheiros e texturas dos alimentos, orienta o psicólogo Bruno Mäder, do Hospital Pequeno Príncipe.
De olho nos adolescentes
Observar a alimentação de filhos adolescentes também é recomendado, por ser uma fase sensível para o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Pais e responsáveis devem ter atenção caso percebam que os filhos apresentam muita seletividade na escolha de alimentos, assim como se ingerem quantidade menor ao usual, passaram a usar roupas muito largas e estão mais isolados dos amigos —alguns dos sinais relatados por pessoas com transtornos alimentares.
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