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'Vivi numa prisão domiciliar voluntária', diz Canuto sobre isolamento

Colaboração para VivaBem

25/03/2022 10h39

No último episódio da segunda temporada do Conexão VivaBem, Márcio Canuto, jornalista alagoano, conhecido como "fiscal do povo", diz que sofreu muito no período de isolamento e que viveu uma prisão domiciliar voluntária na pandemia.

"Fico inquieto. Digo que estou numa prisão domiciliar voluntária. Você não é capaz de imaginar o que sofri ficando preso em casa, doido para sair. Foi duro e doloroso".

Ele conta que passou por uma crise de ansiedade muito grande. "Chegou um momento de eu não poder mover os dedos, a mão não fechava, fiz infiltração."

Aposentado da TV desde 2019, quando deixou a Globo após duas décadas de trabalho, Canuto diz que passou a vida toda trabalhando e que tinha chegado a hora de realizar seus sonhos. Ele tinha planos de viajar para vários países, entre eles, Rússia, Japão, China, Estados Unidos.

O alagoano chegou a comprar passagens para assistir ao festival de New Orleans, ia visitar a mansão do Elvis Presley e ver um show dos Rolling Stones, mas todos esses planos foram frustrados com a chegada da pandemia.

"Fiquei enlouquecido, foi duro, tive uma crise, diria que fiquei imóvel, havia aquela sensação de você mesmo ficar incapaz. Aí veio um drama muito grande", relembra.

Conhecido por seu entusiasmo e carisma, Canuto diz que ele próprio se assustou com a forma como ficou abatido. Com uma energia e um "poder" dentro de si que só Deus pode explicar, comenta o jornalista, nasceu nele o desejo de superar a dificuldade através da leitura e do contato com as mídias sociais.

"Não sou muito de rede social, estou começando a aprender tudo isso, foi uma forma de vencer um pouco esse isolamento."

Mesmo com vontade de retomar o convívio social, Canuto afirma que seguiu todas as recomendações. Ele ficou sete meses sem ver o filho e não fez a festa de aniversário da filha, que tem síndrome de Down.

Passada a pior fase da pandemia, o jornalista aceitou o convite da Record para voltar à TV, pelo menos por alguns meses. Desde janeiro, ele tem participado da cobertura do Campeonato Paulista fazendo reportagens com os torcedores.

"Gosto de rua, de povo, de toda aquela confusão. Claro que tem que tomar todos os cuidados, é isso que estou fazendo. Preocupado, sim, mas sem deixar que isso abata minha vibração, entusiasmo e empolgação em estar em contato com o torcedor."

O retorno do jornalista à ativa contou com uma preparação física e sessões de terapia. "Fui a um psicólogo melhorar um pouco a minha cabeça. Me preparo para dar certo, pode não dar certo, mas me cuidei para me desempenhar da melhor maneira possível."