Parei com a pílula há 2 anos, mas não consigo engravidar. O que pode ser?
Resumo da notícia
- Não há estudos científicos que comprovem que o uso prolongado do anticoncepcional atrapalhe a gravidez
- A infertilidade feminina pode ser causada por endometriose, distúrbios hormonais, modificações na anatomia das trompas
- Mas o problema também pode estar no homem, por isso é importante o casal fazer exames
Tenho 19 anos e parei de tomar anticoncepcional há dois anos, mas não consigo engravidar. O que pode ser?
Existe um mito de que o uso constante do anticoncepcional leva à infertilidade. Mas não há comprovação científica. Se a mulher para de tomar a pílula, ela já poderia engravidar no próximo ciclo menstrual. Por outro lado, o que o anticoncepcional pode fazer é ocultar alguma doença, já que é capaz de "mascarar" os sintomas de enfermidades como a endometriose e a síndrome dos ovários policísticos.
Já alguns anticoncepcionais injetáveis podem deixar o endométrio (camada interna do útero que recebe a gestação) muito fino. Esse efeito pode atrapalhar a implantação do embrião por um período mais prolongado, em alguns casos, até um ano.
São diversos os fatores que podem levar à infertilidade feminina. Entre eles estão: endometriose, distúrbios hormonais ou na ovulação, modificações na anatomia das trompas, entre outros. Mas é importante alertar que a dificuldade em engravidar pode estar em seu parceiro por conta da quantidade ou modificações na qualidade dos espermatozoides, por exemplo. Por isso, é necessário que o casal faça exames a fim de identificar o problema.
Os testes de fertilidade são elaborados de acordo com a história clínica e o exame físico do homem e da mulher. Mas, de uma forma geral, todo casal precisa realizar o espermograma, avaliação da reserva ovariana, ultrassonografia transvaginal e demais exames que o ginecologista e o urologista acharem convenientes.
O tratamento será direcionado de acordo com o diagnóstico de cada casal. Então, para começar, podem ocorrer ajustes na alimentação, peso corporal e estilo de vida. Esses três pontos são muito importantes para melhorar a fertilidade e aumentar as taxas de sucesso nos tratamentos. Caso o bebê não venha por vias naturais, podem ser indicadas terapias como indução da ovulação com o uso de medicamentos, inseminação intrauterina ou fertilização in vitro.
Fontes: Marcelo Gondim, professor de ginecologia do curso de medicina da Unifor (Universidade de Fortaleza) e médico assistente da MEAC-UFC (Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará); Mychelle Torres, ginecologista e especialista em reprodução humana da MEJC-UFRN (Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Wiler Costa, ginecologista e obstetra da Clínica Liliane Oppernmann, em São Paulo.
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