Forças Armadas compram Viagra para hipertensão pulmonar; o que é doença?
As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil comprimidos de Viagra, medicamento conhecido para tratar disfunção erétil. Os dados são do portal da Transparência e do painel de preços do governo, compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).
Segundo as informações, o Viagra aparece com a nomenclatura genérica (citrato de sildenafila), em dosagens de 25 mg e 50 mg, tendo a maior parcela direcionada à Marinha (28.320 comprimidos). Na sequência, vêm o Exército (5.000 comprimidos) e a Aeronáutica (2.000 comprimidos).
Após questionamentos, a Marinha informou que o Viagra será usado para tratar pessoas com hipertensão arterial pulmonar, "doença grave e progressiva que pode levar à morte". Segundo a bula do remédio, ele realmente é indicado para o tratamento da doença e demonstrou melhorar a capacidade para realização de exercícios, retardar a piora clínica e reduzir a pressão arterial pulmonar média.
O que é hipertensão arterial pulmonar?
A hipertensão arterial pulmonar, também conhecida como HAP, é uma doença rara caracterizada pela dificuldade na passagem do sangue pelas veias e artérias do pulmão. A condição pode atingir qualquer faixa etária, mas é mais comum em mulheres adultas.
No pulmão, há eliminação do gás carbônico e oxigenação do sangue, um processo chamado de troca gasosa. Pessoas com HAP apresentam alterações nos vasos sanguíneos que causam problemas no "escoamento" do sangue e, por isso, ele se acumula no órgão. Assim, o coração deve trabalhar mais para ajustar o fluxo.
Isso pode deixar o coração sobrecarregado, levar a desmaios e cansaço progressivo, que fica pior ao longo do tempo, mesmo em atividades com pouco esforço físico. Também é possível apresentar vertigem, inchaço nos tornozelos e pés, dilatação no abdome e das veias do pescoço, dor no peito, fígado aumentado, pele azulada (cianose) e tosse (em alguns casos com sangue).
Quais os tipos e causas da doença?
Não há causa concreta para a hipertensão arterial pulmonar. Mesmo que algumas pessoas tenham fatores genéticos (HAP familiar), outros motivos podem levar à condição.
Na HAP associada, por exemplo, há relação com outras doenças, como quadros cardíacos congênitos, esquistossomose e esclerose múltipla. Já a HAP idiopática, antes chamada de primária, não tem causa conhecida.
Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.
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