Catsaridafobia: quando o medo de barata pode ser considerado uma fobia?
O registro em vídeo de um homem "atacado" por uma barata em um bar do centro de Porto Alegre nesta semana foi visto quase duas milhões de vezes nas redes sociais. A cena chamou atenção de algumas pessoas, mas a situação de medo daqueles que se colocaram no lugar de Bruno Stracke também foi tema de conversa nas redes.
"Não há nada mais aterrorizante do que isso", afirmou um dos internautas. "Eu acho que morreria. Não estou brincando", falou outra.
A psicóloga da healthtech Vibe Saúde Angélica Lisboa Rodrigues explica que o medo é uma resposta natural aos seres humanos e pode servir de proteção, mas lembra que é importante diferenciar o "medo comum" de baratas do medo intenso do inseto, que é chamado pela ciência de catsaridafobia.
No caso de Porto Alegre, por exemplo, Bruno reagiu à presença da barata, chegou a se levantar da mesa, mas, com o problema resolvido, bebeu água e retomou a noite no bar. Isso pode ser considerado uma reação normal de quem não tem fobia.
"Enquanto o medo comum pode provocar uma resposta natural de proteção e defesa contra o inseto, o intenso pode provocar reações como um alto nível de ansiedade, sintomas físicos e dificuldade de reação diante do estímulo", conta ao VivaBem.
A psicóloga explica que as reações de quem tem uma fobia são desproporcionais ao perigo que aquele estímulo — no caso, a barata — representa para a pessoa.
Entre os sintomas físicos "desproporcionais" que podem ser manifestados em quem tem a fobia estão tonturas, tremores, calafrios, tensão muscular, sudorese intensa e até mesmo taquicardia ou falta de ar.
Além dos sintomas físicos, a fobia pode debilitar a vida social das pessoas, que passam a evitar qualquer possibilidade de exposição aos fatores que causam o medo.
"Ela pode restringir as interações sociais e a qualidade de vida de uma pessoa, uma vez que, para evitar o medo intenso, há um comportamento natural de evitação das situações que podem representar qualquer risco", explica.
"Nesses casos, vale destacar a importância da busca por apoio profissional", destaca a psicóloga.
Veja mais: Barata tem cheiro? Por que insetos adoram aparecer no verão?
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.