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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Umidade do ar deve baixar em várias partes do país; veja quais cuidados ter

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Imagem: iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

19/04/2022 12h36

A chegada de uma massa de ar frio em São Paulo fez com que os termômetros registrassem a menor temperatura do ano na cidade. Apesar do frio, o tempo segue firme em grande parte de São Paulo e a umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 30% durante a tarde, acendendo um estado de atenção para as consequências do tempo seco. O mesmo acontece em várias partes do centro-sul do Brasil.

"A falta de umidade associada ao frio diminui a função nasal em relação a um dia mais quente e mais úmido. O funcionamento respiratório é afetado e desencadeia sintomas, principalmente em pessoas mais sensíveis, mas nem todos apresentam sintomas", diz Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês (SP).

Essas temperaturas, em geral, podem ressecar nossas vias aéreas e comprometer a produção de muco, facilitando a entrada de vírus e bactérias e facilitar o contágio de doenças.

A baixa umidade do ar afeta diretamente nossa hidratação e dificulta todo o funcionamento do organismo, uma vez que a água é fundamental para todas as células do organismo.

Como manter o bem-estar no tempo seco?

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o nível ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%. Quando a taxa cai para 30% é considerada uma situação de alerta e prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes.

Para se manter saudável e não sofrer com os baixos níveis de umidade no ar, o Hospital de Clínicas de Campinas e a Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) fizeram um guia preventivo. Siga as dicas a seguir para não sofrer com a baixa umidade do ar:

Estado de atenção: entre 20% e 30%

  • Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;
  • Umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, irrigação de jardins etc;
  • Consumir água à vontade;

Estado de alerta: entre 12% e 20%

  • Seguir as recomendações do estado de atenção;
  • Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h, como correr, pedalar, fazer coleta de lixo, entregar correspondência etc;
  • Evitar aglomerações em ambientes fechados;
  • Usar soro fisiológico para umidificar olhos e narinas.

Estado de emergência: abaixo de 12%

  • Seguir as recomendações anteriores;
  • Suspender atividades em que há aglomeração de pessoas em recintos fechados, como aulas e cinemas, entre 10h e 16h;
  • Durante a tarde, manter úmido os ambientes internos, principalmente quarto de crianças e idosos.

Atentando que a poeira é a principal causa de aumento de doenças respiratórias, a cartilha também dá conselhos para afastar o pó, ácaros e mofo, atenuando sintomas:

  • Mantenha arejados os ambientes internos;
  • No inverno, abrir as janelas entre 10h da manhã e 5h da tarde é uma boa medida;
  • O uso de aparelhos para purificação do ar também é recomendado;
  • Evite carpetes ou cortinas que acumulem poeiras;
  • Evite roupas e cobertores de lã ou com pelos;
  • Agasalhos recomendados: malha, moletom, nylon ou couro;
  • Coloque as roupas típicas de inverno (blusas de lã, cobertores, etc) no sol
  • Importante recobrir colchões, travesseiros e almofadas com plásticos;
  • A cama deve estar afastada da parede;
  • Coloque livros e objetos em armários fechados;
  • Limpe a casa com pano úmido (principalmente os cantos do quarto, beiradas e estrados da cama) e evite produtos de limpeza com cheiro ativo, preferindo o álcool;
  • Evite permanecer em cômodos úmidos, fechados, lidar com papéis ou usar roupas e objetos guardados por muito tempo;
  • Procure manter animais de pelo ou pena fora de casa;
  • Não permita que fumem em ambientes internos.

*Com informações de reportagens publicadas em 07/07/2018 e 26/09/2021.