Sentir dor no sexo pode ter relação com a idade da mulher?
Sim. No período do climatério (quando as mudanças na vida reprodutiva da mulher ocorrem) ou na menopausa (quando a menstruação cessa) há alterações hormonais que podem causar incômodo na hora do sexo.
A diminuição no nível do estrogênio, por exemplo, provoca uma piora na lubrificação vaginal, o que pode levar à dor na hora da penetração. Além disso, com o passar dos anos, a mulher pode desenvolver uma atrofia da parede vaginal, que fica mais fina e perde sua elasticidade, o que contribui para o aparecimento de pequenas fissuras que causam dores durante o ato sexual.
Para contornar esses problemas, adotar um estilo de vida mais saudável, como se alimentar de forma equilibrada e praticar atividades físicas regularmente, pode ajudar. O uso de hidratantes vaginais para melhorar a umidade ou de lubrificantes na hora do ato sexual também é útil. Além disso, existem até algumas formulações de hormônios que podem ser usadas por algumas semanas para ajudar a mucosa.
Conversar com um ginecologista, portanto, é essencial para entender melhor as causas da dor e encontrar o melhor tratamento.
Vale dizer que outros fatores, que não envolvem a idade, podem estar por trás do incômodo na hora da penetração. As IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), por exemplo, causam úlceras, coceiras ou manchas que provocam o incômodo. Nas mulheres também é muito comum o aparecimento de infecções urinárias, que também podem levar ao sintoma relatado.
Existe, também, o vaginismo, uma disfunção sexual que ocasiona dor na penetração. Na maioria das vezes, a causa é psicológica e requer tratamento multidisciplinar, ou seja, envolve ginecologista e psicólogo. Dermatites de contato, por conta do uso de alguns hidratantes, sabonetes íntimos, lubrificantes e outras substâncias, levam a feridas na região íntima e também podem causa dor.
Às vezes, o sintoma está relacionado ao parceiro. Isso porque, com o passar dos anos, os homens também perdem um pouco da firmeza da ereção, o que pode causar uma certa dificuldade e desconforto no início da penetração.
Diante de tantas possibilidades, é muito importante buscar ajuda de um especialista. O profissional fará diversos exames para chegar ao diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento para acabar com o incômodo.
Além disso, converse com seu parceiro sobre o sintoma e não se esqueça que sexo vai além da penetração. Existem várias maneiras de se criar intimidade e proporcionar prazer para ambos os parceiros. Por isso, o diálogo sincero e com respeito é fundamental para que haja o prazer desejado. Se há alguma dificuldade, dor, dúvida, enfim, se não está bom, é porque algo não está certo.
Fontes: Lilian Miura, ginecologista do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR); Luciano Curuci, ginecologista e presidente do CMAeSP (Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo); Michelle Rodrigues, ginecologista e chefe da saúde da mulher do HU-UFPI (Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí), que é ligado a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Natália Piovani Banzato, ginecologista e professora da Universidade Positivo, em Curitiba (PR).
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