Quais são as alternativas de tratamentos para pacientes com metástase?
Atualmente, são diversas as terapias existentes a fim de reduzir os efeitos da metástase no corpo —que ocorre quando as células de um tumor localizado em determinado órgão alcançam a circulação sanguínea ou linfática, instalando-se em outras partes do organismo. Qualquer tipo de câncer pode desenvolver características metastáticas, acometendo partes diferentes do corpo.
Entre os principais tratamentos, a quimioterapia é a mais conhecida. Nesse procedimento são aplicadas medicações (geralmente na veia do paciente), que causam a morte das células tumorais que estão em crescimento acelerado.
A hormonioterapia é direcionada a tumores que se desenvolvem por conta da ação de hormônios, como o câncer de mama e de próstata. Nesses casos, a terapia, por meio de medicações, geralmente orais, bloqueia a ação desses hormônios nos órgãos, impedindo o câncer de crescer e se espalhar.
Já nas terapias alvo, os medicamentos agem diretamente sobre uma mutação específica que está presente no tumor, impedindo seu crescimento. É uma forma de evitar que todo o corpo, ou grande parte dele, seja impactado pelas medicações.
Existe também a imunoterapia. Nesse tratamento, o medicamento estimula o sistema de defesa do corpo para que ele reconheça e destrua as células cancerígenas. Em alguns casos, principalmente se a metástase é única, ou seja, localizada em apenas uma região, tratamentos locais, como cirurgia ou radioterapia, também podem ser recomendados.
É importante saber que a escolha da melhor terapia vai depender de cada caso, que envolve o tipo de tumor, o avanço da doença, a saúde do paciente, entre outros fatores. O objetivo do tratamento do câncer metastático é impedir que a doença avance e, se possível, diminuí-la. Apesar de a presença de metástases reduzir as chances de cura, a evolução das terapias permite oferecer ao paciente uma sobrevida com qualidade.
Os órgãos mais afetados por metástases são pulmões, fígado, ossos e cérebro. Elas podem se apresentar no momento do diagnóstico do câncer, ou até mesmo anos depois de terminar o tratamento do tumor primário. Apesar de estar em outro órgão, a metástase preserva as características e nome do órgão em que se originou. Por exemplo, uma metástase no pulmão que surgiu de um câncer de mama é chamado de câncer de mama metastático para o pulmão.
Fontes: Christina Tarabay, head de psicologia do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo (SP); Gélcio Mendes, médico oncologista e coordenador de assistência do Inca (Instituto Nacional de Câncer); Juliana Florinda Rêgo, médica oncologista do Huol-UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Maria Eduarda Meyer, médica oncologista clinica do CEOF (Centro Especializado de Oncologia de Florianópolis); Thiago Chulam, chefe do departamento de prevenção e diagnóstico do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo (SP).
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