Covid-19 longa dura mais de 1 ano e fadiga é sintoma mais comum, diz estudo
Metade das pessoas que tiveram covid-19 apresentam sintomas relacionados à doença que podem perdurar mais de um ano inteiro, mostra uma pesquisa conduzida pela Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais). No estudo, que acompanhou 646 pacientes, 324 desenvolveram sintomas pós-infecção, a chamada covid longa.
O trabalho foi publicado no periódico científico Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene. A fadiga, caracterizada pelo cansaço extremo e dificuldade em realizar tarefas do cotidiano, foi a principal queixa entre os pacientes. Entre as sequelas mais graves estão a trombose, diagnosticada em 20 pacientes do estudo.
Os principais sintomas de covid longa relatados pelos pacientes foram:
- Fadiga (35,6%)
- Tosse persistente (34%)
- Dificuldade para respirar (26,5%)
- Perda de olfato ou paladar (20,1%)
- Dores de cabeça frequentes (17,3%)
- Insônia (8%)
- Ansiedade (7,1%)
- Tontura (5,6%)
- Trombose (6,2%)
Os sintomas apareceram e persistiram tanto em quem enfrentou um caso grave da doença quanto em quem teve um caso moderado ou grave, ou seja, a covid longa pode atingir qualquer pessoa que teve covid-19. Do total de pacientes acompanhados pelo estudo que apresentaram quadros leves da doença, 59,3% enfrentam sequelas duradouras. Entre casos moderados, 74,5% e entre casos graves, 33,1% ainda sofre com os efeitos da doença.
"Há uma tendência de procurar tratamento apenas para as sequelas mais graves, como a trombose. Entretanto, é fundamental buscar ajuda médica para as outras questões, pois elas também podem interferir bastante na qualidade de vida das pessoas", afirma Rafaella Fortini, coordenadora do estudo.
Todos os sintomas surgiram após o diagnóstico de covid-19 e persistiram por 14 meses, segundo Fortini. Apenas os casos de trombose foram tratados e os pacientes ficaram recuperados.
"Temos casos de pessoas que continuam sendo monitoradas, pois os sintomas permaneceram para além dos 14 meses", diz a pesquisadora em nota da Fiocruz.
"Constatamos ainda que a presença de sete comorbidades, entre elas hipertensão arterial crônica, diabetes, cardiopatias, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e tabagismo ou alcoolismo levou à infecção aguda mais grave e aumentou a chance de ocorrência de sequelas", explica.
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