Células de camundongo congeladas por 23 anos ainda produzem espermatozoides
Células-tronco de espermatozoides de camundongos congeladas por mais de 20 anos foram capazes de produzir esperma viável, segundo uma pesquisa publicada na revista científica Plos Biology na terça-feira (10). A descoberta pode ajudar crianças que podem ter a fertilidade prejudicada após tratamento contra o câncer, já que a quimioterapia pode causar infertilidade.
Entre homens adultos, é possível fazer o congelamento de sêmen, mas entre as crianças, que ainda não têm o sistema reprodutor maduro, a fertilidade pode ser perdida. A pesquisa foi conduzida na faculdade de medicina veterinária da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e pode indicar que, se houver coleta de células-tronco específicas da formação de um espermatozoide, elas podem ser congeladas e, mais tarde, reimplantadas na idade adulta.
As células-tronco têm a capacidade de se desenvolver em outros tipos celulares. Para a pesquisa em questão, foram usadas células-tronco específicas da formação de espermatozoides, chamadas de células-tronco espermatogoniais (SSC, na sigla em inglês).
Como o estudo foi feito
Os cientistas usaram três grupos de SSC de camundongos para conduzir o estudo. No primeiro, as células haviam sido congeladas há 23 anos. No segundo, estavam guardadas entre 1 e 4 meses antes do reimplante. No último, elas foram retiradas no dia da própria análise. Os três grupos de células-tronco conseguiram colonizar os testículos dos animais e dar início ao processo de constituição de espermatozoides.
O artigo mostra, no entanto, que o grupo celular mais antigo teve um desempenho menor na produção de espermatozoides saudáveis quando comparado com os outros dois grupos. "Nosso estudo mostrou que células-tronco espermatogoniais de camundongos podem ser congeladas com sucesso por mais de 20 anos, transplantadas em um animal receptor infértil e regenerar a capacidade de produzir espermatozoides, embora a uma taxa reduzida", diz Eoin Whelan, um dos autores do estudo.
Esse tipo de pesquisa é considerado experimental. Os autores apontam que ainda é necessário mais investigações e outras pesquisas para desenvolver tratamento eficazes em humanos.
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