Rigidez arterial pode indicar risco de diabetes tipo 2, mostra estudo
Um estudo apontou que a rigidez arterial, perda de elasticidade das artérias, pode ser um indicativo do risco de desenvolver diabetes tipo 2. A pesquisa, publicada hoje (16) no periódico Hypertension, afirma que a avaliação pode ser mais precisa do que o mapeamento via pressão arterial e análise do estilo de vida.
"A identificação de indivíduos com alto risco de desenvolver diabetes tipo 2 é de extrema importância, pois a intervenção precoce pode ajudar a prevenir o aparecimento e retardar o progresso da doença", disse Anxin Wang, autor sênior do estudo e pesquisador do Hospital Beijing Tiantan, na China.
A condição pode favorecer o desenvolvimento de doenças cardíacas e renais, AVC (acidente vascular cerebral) e morte prematura, alertou a Associação Americana do Coração, responsável pelo periódico no qual o estudo foi publicado.
Entenda a relação
A pesquisa analisou dados de 11.156 pessoas integrantes do estudo chinês Kailuan, que concentra informações de saúde de 100 mil adultos entre 18 e 98 anos. Os participantes são acompanhados desde 2006, sendo que as medidas da pressão arterial em repouso e coleta do sangue em jejum são realizadas a cada dois anos. A análise da rigidez arterial foi incluída no mapeamento em 2010.
Em 2017, cerca de 7% das pessoas apresentam diabetes tipo 2. Então, o estudo comparou o risco de desenvolver a condição em quatro perfis: com função vascular ideal (pressão arterial) e artérias normais; pressão arterial normal combinada à maior rigidez arterial; hipertensão arterial (pressão alta) com artérias normais e rígidas.
Segundo a análise, a incidência foi maior em pessoas com hipertensão arterial e rigidez nas artérias quando comparada àquelas com função vascular ideal. O número também foi maior em pessoas com pressão arterial normal e rigidez arterial do que em quem tinha artérias com condições preservadas.
O estudo pontuou que ainda são necessárias mais investigações para indicar a melhor espessura arterial, mas afirmou que a análise apresenta um novo parâmetro para a prevenção do diabetes tipo 2.
"Esses resultados fornecem fortes evidências de que medir a rigidez arterial pode ser um melhor preditor do que a pressão arterial para determinar o risco futuro de diabetes tipo 2 de um indivíduo", defendeu Wang.
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