Thaila Ayala: Tive depressão fortíssima na gravidez, fiquei 4 meses na cama
No quinto episódio da terceira temporada do Conexão VivaBem, a atriz Thaila Ayala afirma que de todos os desafios da maternidade, passar pela gestação foi o mais difícil: "Tive uma depressão fortíssima durante a gravidez, fiquei quatro meses em cima de uma cama".
A gestação de Francisco, hoje com cinco meses, aconteceu após a atriz ter tido duas perdas gestacionais. A primeira foi um aborto espontâneo, em que ela não sabia que estava grávida. A segunda foi uma gravidez na trompa direita, na qual ela precisou fazer uma cirurgia para retirá-la.
O acontecimento mexeu com o emocional de Thaila, que decidiu dar uma pausa nas tentativas, mas pouco tempo depois acabou engravidando "sem querer" de Francisco.
"Nunca tinha tido depressão na minha vida. Hoje tenho vergonha de dizer, mas acho importante dizer o quanto eu julgava essa doença por falta de gratidão e falta de fé. Julgava terrivelmente a doença e hoje entendo o quanto é algo horrível isso, o quanto a depressão é uma química no seu cérebro."
Thaila diz que tinha vontade de bater nas pessoas quando ouvia que a gravidez era um momento sagrado, e conta que se culpava ainda mais por não sentir isso.
"Como eu podia estar tão triste e num momento tão depressivo?! Confesso que teve dias em que não comi, não tomei banho. Foi uma depressão que literalmente não levantava da cama. Como podia estar sentindo aquilo no momento mais sagrado, lindo e esperado? Foi muito difícil passar por essa gravidez", conta.
Segundo a atriz, o acompanhamento médico e o apoio do marido, o ator Renato Góes, foram fundamentais para passar por esse processo.
Thaila diz que sempre ouviu falar sobre depressão pós-parto, mas nunca tinha escutado sobre a depressão gestacional. O fato de não ter encontrado mais informações, outros tipos de acolhimento e não ter conhecido mulheres com essa condição a fazia se sentir única, muito pior e mais solitária.
Ao começar entender o que estava passando e a dividir isso com outras pessoas que comentavam já ter conhecido alguém, ela se perguntava: "Cadê essas mulheres? Por que nunca ouvi falar? Por que no meu processo precisei passar por isso tão sozinha?".
Foi daí que surgiu a ideia de compartilhar sua experiência com seus seguidores nas redes sociais: "O que me levou a dividir foi exatamente esse lugar para que essas mulheres que estivessem passando pela mesma situação ou viessem a passar, soubessem que elas não estão sozinhas, elas não são um alien, elas não são as piores mães do mundo —isso pode ser normalizado, deixando claro que não é normal, é uma doença, mas elas não estão sozinhas. Acho que isso teria feito uma grande diferença para mim, foi esse o meu intuito".
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