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Exército justifica compra de próteses penianas; veja como funciona implante

Divulgação/American Medical Systems
Imagem: Divulgação/American Medical Systems

De VivaBem*, em São Paulo

29/05/2022 16h55

Dois hospitais das Forças Armadas informaram ao TCU (Tribunal de Contas da União) que a compra de 60 próteses penianas no valor de R$ 3,5 milhões ocorreu porque as próteses infláveis são mais parecidas com a "ereção fisiológica".

"Conforme relatório técnico, a prótese inflável é a prótese que mantém maior semelhança com a ereção fisiológica, pois há um mecanismo para fazer o pênis ficar ereto e voltar ao seu estado normal, além disso possui menor percentual de extrusão", disse um dos documentos.

No documento, os militares afirmam que as próteses maleáveis —as mais baratas— "deixam o pênis em permanente estado de ereção tendo o paciente que dobrar o pênis para vestir uma roupa".

Para que elas servem?

As próteses penianas são usadas no tratamento de disfunção erétil e são implantadas no pênis para preencher espaços antes ocupados pelo sangue nos corpos cavernosos, garantindo a ereção. Com as próteses, o usuário pode ter relações sexuais sempre que desejar, mas elas não aumentam o tamanho do pênis.

Existem diversas opções disponíveis de próteses: maleáveis ou semirrígidas, infláveis ou hidráulicas. Elas são implantadas direto na câmara erétil do pênis para dar sustentação necessária para o sexo. Elas não interferem na sensibilidade e capacidade do orgasmo.

O implante é feito por meio de uma cirurgia que dura cerca de uma hora e tem baixos índices de complicação e altos níveis de satisfação. Trata-se, no entanto, de um procedimento irreversível —e última linha de tratamento para a disfunção erétil.

Antes de optar pela prótese, é preciso avaliação de um urologista. Um dos tratamentos possíveis é o uso de medicamentos que estimulam a ereção, como o Viagra —que também foi adquirido pelas Forças Armadas.

* Com informações das reportagens de 13/04/2022.