Sofro com refluxo muito forte e com muita frequência. Tem tratamento?
Sim, existe tratamento e começa por algumas mudanças na rotina. É recomendado elevar a cabeceira da cama; depois de comer, aguardar de 1 a 2 horas para deitar; evitar os chamados "alimentos gatilhos", aqueles que você percebe que pioram os sintomas, como café, chocolate, bebidas gaseificadas e comidas condimentadas; parar com o tabagismo; emagrecer, caso você esteja com excesso de peso.
Além disso, também pode ser indicado o uso de alguma medicação que seja inibidora da bomba de prótons, ou, em último caso, o procedimento cirúrgico.
No caso do medicamento, a função da droga é bloquear a ação do ácido que se forma no estômago quando o alimento chega ao órgão para ser digerido. Quando há uma perda de funcionamento da barreira antirrefluxo —composta por estruturas como o esôfago, esfíncter esofágico inferior (espécie de válvula localizada entre o esôfago e o estômago) e componentes do diafragma—, esse ácido sobe até o esôfago, causando os sintomas do refluxo.
O caminho reverso desse ácido pode causar sensação de queimação no peito e regurgitação. Outros sintomas menos comuns são soluços, tosse, pigarro na garganta, rouquidão, crises de dor de garganta de repetição, aumento da sensibilidade dentária e até asma.
Lembrando que episódios de refluxo podem acontecer ao longo da vida, mas quando são frequentes, pode ser que a pessoa tenha a chamada doença do refluxo gastroesofágico. Por isso, ao sentir os sintomas, é importante buscar a ajuda de um gastroenterologista para que ele peça todos os exames necessários. Dessa forma, o profissional da saúde conseguirá chegar a um diagnóstico correto e poderá indicar o melhor tratamento.
Fontes: Alexandre Sakano, gastrocirurgião da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Daniel Dutra, médico gastroenterologista e chefe da unidade do sistema digestivo do HU-UFPI (Hospital Universitário da universidade Federal do Piauí), que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Rafaelle Marques, gastroenterologista do HGF (Hospital Geral de Fortaleza); Vanessa Prado, médica do centro de especialidades do aparelho digestivo do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.
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