Estou com candidíase de repetição; o que faço para tratar?
O primeiro passo, claro, é buscar ajuda médica. O profissional da saúde poderá pedir exames para identificar se essa candidíase é genital, oral, ou intestinal. Feito isso, é possível que o médico indique tratamentos mais longos, devido à recorrência.
O mais comum a ser prescrito é a administração de medicamentos tópicos por sete a 14 dias, ou via oral, em mais de uma dose. Pode ser indicada, também, uma terapia medicamentosa semanal, para prevenir que o problema retorne. Esse tratamento pode ser mantido por seis a 12 meses.
Além das medicações, deve-se buscar identificar e corrigir possíveis fatores que possam estar associados à candidíase. Por isso, é importante sempre manter uma dieta saudável, usar roupas arejadas e não muito apertadas, ter um sono adequado, tratar constipação intestinal, praticar atividades físicas regulares e controlar o estresse.
A candidíase vulvovaginal, que é a mais comum, é uma infecção na região genital causada pelo crescimento exagerado do fungo chamado Candida albicans. Esse microrganismo é natural do corpo, e sua proliferação se dá geralmente quando o sistema imunológico não está fortalecido, o que leva a um desequilíbrio da microbiota vaginal.
A candidíase recorrente é diagnosticada quando a mulher apresenta quatro ou mais episódios da infecção ao longo de um ano. Isso pode estar relacionado ao uso excessivo de antibióticos, anticoncepcionais hormonais ou corticoides, gravidez, diabetes, obesidade e diminuição do sistema imunológico devido a outras doenças, favorecendo o crescimento dos fungos.
Outros fatores associados incluem: vestuário inadequado (roupas íntimas apertadas, biquínis molhados por muito tempo, roupas de lycra e de outros materiais sintéticos que aumentam a temperatura vaginal); higiene inadequada; estresse.
Os sintomas da candidíase crônica são os mesmos da doença que surge eventualmente. Os sinais são: corrimento pastoso de cor esbranquiçada, coceira e sensação de ardência na região íntima, além de inchaço, vermelhidão e fissuras locais. Muitas vezes, o problema pode ser confundido com uma infecção do trato urinário. Por isso, caso esteja com algum desses sintomas, é de extrema importância buscar ajuda médica.
Fontes: Carolina Cunha, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Claudilson Bastos, médico infectologista do Grupo Sabin e professor de infectologia da Uneb (Universidade do Estado da Bahia); Fernando Boldrin, médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana e Médico da Clínica ART- Reprodução Assistida, em São Paulo; Liliane Granjeiro, médica infectologista do HGF (Hospital Geral de Fortaleza); Raquel Autran Coelho Peixoto, chefe do setor de saúde da mulher da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, da UFC (Universidade Federal do Ceará), vinculada a Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
Quais são suas principais dúvidas sobre saúde do corpo e da mente? Mande um email para pergunteaovivabem@uol.com.br. Toda semana, os melhores especialistas respondem aqui no VivaBem.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.