Escarola e chicória não são a mesma coisa; veja diferenças e benefícios
Você sabia que a chicória e a escarola são verduras diferentes? A confusão até que faz sentido, já que elas pertencem à mesma família e são muito semelhantes.
As pequenas diferenças se resumem no sabor —a escarola é um pouco menos amarga— e nas folhas —a escarola tem folhas mais densas, lembrando uma alface, e a chicória, mais crespas. Além disso, pode ser mais difícil encontrar a chicória do que a escarola, que encontramos em quase todo mercado, hortifrúti ou feira livre.
Seja qual você escolher, ambas fazem muito bem à saúde. São boas fontes de magnésio, fósforo e potássio, além de conterem vitaminas A e C e serem fontes de ácido fólico. Como você vai ver a seguir, os benefícios são bastante parecidos.
Benefícios da chicória
Mais potássio que uma banana
A chicória é rica em potássio: em 100 g do alimento há 531 mg do mineral. Isso é mais que uma banana, que contém 346 mg do mineral em 100 g. O potássio é crucial para a função cardíaca e desempenha papel importante na contração muscular. Os benefícios do potássio para a saúde do coração são: diminuição da retenção de líquidos, regulação da pressão arterial e diminuição do risco de infarto e AVC. O mineral também está associado à redução do diabetes tipo 2 e manutenção da saúde óssea.
Melhora o funcionamento do intestino
Não que ela contenha muitas fibras, mas 2,2 g por 100 g do alimento podem ajudar a chegar no ideal diário, que é de 25 g. As fibras contribuem no aumento dos movimentos do sistema digestivo, evitando casos de constipação e diminuindo o risco de doenças no intestino.
A chicória, assim como a escarola, ainda contém uma substância chamada inulina, responsável pelo sabor amargo e que funciona como prebiótico, ou seja, serve de nutriente para as bactérias do intestino. Essa fibra, além de aumentar a absorção de minerais no intestino, principalmente cálcio, magnésio e ferro, também regula o funcionamento do intestino.
Faz bem aos olhos
A chicória e a escarola contêm boas quantidades de vitamina A. Enquanto a primeira tem 155 mcg em 100 g, a segunda tem 379 mcg em 100 g. Essa vitamina é essencial para a visão e saúde dos olhos. Consumir alimentos com o micronutriente pode prevenir doenças como a degeneração macular relacionada à idade, que, em alguns casos, causa a perda da visão
Por possuir propriedades antioxidantes, a vitamina A também combate os radicais livres, ou seja, moléculas que provocam estresse oxidativo, condição tem sido associada a diversas doenças como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares. O micronutriente também auxilia no crescimento, contribui para a formação dos dentes, do colágeno e na regulação de genes envolvidos na produção e renovação celular.
Além disso, é essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico e auxilia no metabolismo do ferro, o que afasta o risco de anemia ferropriva.
Benefícios da escarola
Previne a má formação fetal
A escarola e a chicória têm um alto teor de ácido fólico: 127 mcg em 100 g da primeira e 111 mcg em 100 g da segunda. Também conhecida por vitamina B9 ou folato, o ácido participa de várias funções do organismo, principalmente na formação do DNA e do conteúdo genético das células. Além disso, ele é importante para manter a saúde cerebral, vascular e do sistema imune do feto.
Auxilia na manutenção e fortalecimento de ossos
Os minerais ferro, cálcio, carotenoides e compostos bioativos e fenólicos presentes na hortaliça são fundamentais para a formação dos ossos e dentes, e na manutenção da massa óssea no decorrer da vida. Além de prevenir doenças relacionadas a elas, como a osteoporose.
Previne a anemia
A escarola é uma rica fonte de betacaroteno, além de conter grandes quantidades de sais minerais. Entre eles, o ferro, essencial para a formação dos glóbulos vermelhos do sangue e, por isso, atua na prevenção de anemia. Enquanto isso, a vitamina C presente no alimento ajuda na absorção deste ferro, promovendo sua eficácia.
Como consumir
Ambas podem ser usadas tanto em pratos frios, como saladas, quanto quentes, como omeletes, sopas, tortas e assados. Quando são cozidas, o sabor amargo das folhas geralmente diminui.
Quando forem consumidas cruas, é fundamental lavar e higienizar as folhas antes de consumi-las, para eliminar micro-organismos que possam estar nas folhas e causar doenças. Lave as folhas uma por uma em água corrente e depois deixe-as de molho em água filtrada com desinfetante à base de cloro próprio para hortaliças, usando-se a dosagem e tempo indicados no rótulo. Em seguida, as folhas devem ser enxaguadas com água filtrada.
Fontes: Maria Fernanda Naufel, professora, nutricionista e pesquisadora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Raquel Bráz Assunção Botelho, do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília; Viviane Lansky, professora e nutricionista do Departamento de Nutrição da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
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