Ronco, sono e cansaço, Leo Jaime conta como descobriu que tem apneia
Durante participação no terceiro episódio da quarta temporada do Conexão VivaBem, o ator e músico Leo Jaime diz que demorou entre dois e três anos para descobrir que tinha apneia obstrutiva do sono.
Os primeiros sinais se manifestaram com ronco, sono e cansaço. Ele diz que em todas as situações em que ficava parado ou sentado, tinha vontade de cochilar ou acabava efetivamente cochilando.
"Ficava com muito sono dirigindo, cochilava no cinema, dormia no dentista. Ao mesmo tempo acordava cansado, fazia os exercícios que tinha que fazer, [praticava] esporte, mas sentia que estava sempre usando uma reserva extra e não com o meu preparo físico habitual", relembra.
Leo afirma que engordou bastante por conta do distúrbio e que ela foi a origem e não a consequência do problema. "A apneia fez com que eu ganhasse peso e não o fato de ter ganhado peso fez com que eu tivesse apneia, porque eu era muito magro e jovem ainda."
O músico conta que usou algumas estratégias para lidar com a situação, umas delas foi costurar um bolso na parte detrás da camisa e colocar uma bola de tênis para dormir de lado e não ficar de barriga para cima —a posição favorece os episódios de apneia.
Uma outra alternativa era colocar um aparelho na boca, parecido com os usados para tratar bruxismo, mas Leo ficou com medo de ter alguma disfunção relacionada à ATM (articulação temporomandibular). Também surgiu a ideia de fazer uma cirurgia e tirar um pedacinho do céu da boca, mas como havia o risco de mudar o som da voz, ou até ficar fanho, ele preferiu não fazer.
Após fazer uma polissonografia e ser diagnosticado com apneia obstrutiva do sono, Leo tentou usar o BiPAP. "Era um 'trambolho' muito barulhento que mandava o ar com muita força para dentro. Era desconfortável porque quando você ia expirar, o aparelho resistia. Não me adaptei e fui usar o CPAP. Do diagnóstico até efetivamente um tratamento satisfatório usando o CPAP, demorei uns dez anos", diz.
Leo conta que tem pavor de dormir sem o CPAP e se lembra de uma noite, durante uma viagem a fazenda de amigos, que não pôde usar o aparelho porque acabou a energia. "Fiquei sentado no sofá esperando o dia amanhecer e a energia voltar para eu poder deitar e dormir." Ele afirma que "é melhor passar a noite acordado do que passar tendo apneia do sono".
Em uma das polissonografias que o cantor fez, há 20 anos, teve mais de quatro apneias com mais de um minuto e meio de duração em uma só noite. Com o tratamento adequado ao longo dos anos, a qualidade de sono de Leo melhorou, o número de apneias diminuiu e elas não são mais tão longas.
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