Bebê deitado? Acordar à noite é fome? Mitos e verdades sobre a amamentação
A amamentação é essencial para saúde do bebê. Além de nutri-lo nos primeiros meses de vida, o momento é um diferencial para a mãe construir laços com o filho. A saúde materna também se beneficia, porque amamentar previne anemia, acelera o processo do útero voltar ao tamanho padrão, entre outros pontos.
Mas muitas dúvidas surgem sobre o momento, inclusive, quando envolvem o sono. Afinal, é seguro amamentar o bebê enquanto a mãe dorme? Ele precisa ser acordado para mamar? E acordar à noite sempre é sinal de fome? VivaBem explica abaixo mitos e verdades da amamentação:
É recomendado descansar quando o bebê está dormindo?
Sim.
De acordo com o pediatra Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono (SP), os cuidadores devem aproveitar os momentos de sono do bebê para cochilar. Isso depende, claro, do suporte familiar, número de filhos e até mesmo se a pessoa tem ou não problemas de saúde. Neste casos, é pouco provável conseguir pegar no sono junto à criança, geralmente dedicando o período ao trabalho e a outros cuidados —da casa, por exemplo.
Mas vale o alerta: descansar é essencial para a produção de leite, sobretudo com o débito negativo de sono que as mulheres têm nos primeiros meses de vida da criança.
Cochilar enquanto amamenta está liberado?
Não.
O momento da amamentação exige cuidado. Caso cochile, a mãe pode sufocar o bebê e não perceber, não notar engasgos, além de outros acidentes.
Estresse afeta a produção do leite?
Sim.
Assim como a ausência de momentos de descanso ou o sono de má qualidade, o estresse prejudica a amamentação. As mulheres podem ter impacto na formação de prolactina, hormônio que incentiva a produção de leite.
Pode amamentar deitada?
Não.
No momento da amamentação, a criança deve ter a cabeça acima da barriga. Ou seja, posições deitadas estão vetadas, porque há risco de refluxo, quando o leite "volta" após chegar ao estômago. Isso pode causar infecções de ouvido e nariz.
Precisa acordar o bebê para mamar?
Sim e não.
A resposta varia, de acordo com as características da criança. Por exemplo, aquelas que não estão ganhando peso devem ser acordadas. Já as com peso normal, podem despertar sozinhas. É sempre necessário seguir recomendações médicas, avaliando individualmente as necessidades do bebê.
Acordar à noite é sinal de fome?
Não.
As crianças não acordam à noite somente por fome. Entre as possibilidades, elas podem estar com a fralda suja, sentir calor ou frio e usando roupas que reduzem a mobilidade. Além disso, podem acordar e retomar o sono sem interferência dos pais, igual acontece com os adultos.
De acordo com a biomédica Monica Andersen, diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono, nos 3 primeiros meses de vida, um bebê acorda a cada 2 a 3 horas para mamar. Após isso, a tendência é que fique em jejum por um período cada vez maior ao longo da noite.
A distinção do motivo do choro é difícil, já que não existe comunicação verbal com a criança, mas é importante não oferecer o seio sempre, porque ela entende que vai ser amamentada todas as vezes em que acordar e chorar.
A criança deve dormir de barriga para cima?
Sim.
A recomendação é que a criança durma de barriga para cima, evitando o risco de morte súbita, que ocorre sobretudo nos primeiros 6 meses de vida. Os pais também devem ter atenção quando colocarem o bebê para dormir entre o casal, um alerta para casos de sufocamento caso um dos dois role para cima da criança e a pressione.
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