Risco real: quem precisa temer o frio abaixo de 14ºC? Veja como se proteger
A passagem de uma intensa frente fria pelo estado, aliada ao deslocamento de um ciclone extratropical que causou ventos de mais de 50 km/h, derrubou a temperatura em São Paulo. A madrugada desta quinta-feira (11) teve sensação térmica de 3°C, enquanto a temperatura média na capital ficou em torno de 10°C.
O frio deve continuar, segundo informações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da prefeitura da cidade. Na capital, a expectativa é que a tarde seja a mais fria do ano. A temperatura deve subir a partir de domingo (14).
Baixas temperaturas assim exigem cuidados extras de pessoas vulneráveis, ressalta o cardiologista Roberto Kalil Filho, presidente do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP).
Quem deve se preocupar?
O frio é especialmente preocupante para:
- idosos (acima de 65 anos)
- pessoas em situação de rua
- pessoas com sedentarismo, diabetes e colesterol descontrolados e estresse
- hipertensos
- quem já teve infarto ou AVC, que passaram por angioplastia ou ponte de safena
- cardiopatas em geral (pessoas com doenças e condições médicas no coração ou no sistema vascular)
Segundo o InCor, estudos apontam que os dias congelantes, especialmente quando a temperatura está abaixo do 14ºC, o risco de infarto agudo do miocárdio (IAM) aumenta em até 30% e a chance de acidente vascular cerebral (AVC), em 20%.
No frio, o organismo trava uma batalha para manter se manter aquecido em torno de 36,1ºC.
"O metabolismo se acelera, os vasos sanguíneos se contraem e o coração precisa se esforçar muito mais para bombear o sangue. Em pessoas debilitadas ou com doenças crônicas como ascardíacas, essa condição eleva o risco de acidentes cardiovasculares", explica Kalil.
O frio também favorece o aumento do tabagismo em ambientes fechados, a elevação do peso corporal, devido à maior ingestão de alimentos gordurosos, níveis mais baixos de atividade física e aumento da sensação de solidão entre as pessoas, questões diretamente relacionadas à saúde do coração, lembra o médico.
Como se proteger
- Use roupas reforçadas e quentinhas
- Mantenha a alimentação saudável
- Pratique exercícios físicos rotineiramente
- Hidrata-se constantemente
- Mantenha um acompanhamento médico periódico e as medicações em dia
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