Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Linfoma não-Hodgkin: câncer de Jane Fonda pode inchar linfonodos no pescoço

Jane Fonda contou que faz quimioterapia há seis meses - Reprodução/Instagram
Jane Fonda contou que faz quimioterapia há seis meses Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

02/09/2022 18h48

A atriz Jane Fonda, 84, compartilhou nesta sexta-feira (2) que foi diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer causado por alteração nos linfócitos, células de defesa do organismo. "Este é um câncer muito tratável. 80% das pessoas sobrevivem, então me sinto com muita sorte", escreveu no Instagram.

"Estou fazendo quimioterapia há seis meses e estou lidando muito bem com os tratamentos e, acredite, não vou deixar nada disso interferir no meu ativismo climático. O câncer é um professor e estou prestando atenção nas lições que ele guarda para mim", completou a atriz em um relato sobre o diagnóstico.

A doença é um câncer que surge nos gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos, e tem origem nas células do sistema linfático, espalhando de maneira não ordenada.

Os linfonodos são estruturas encontradas no pescoço, nas axilas e nas virilhas, formadas basicamente por glóbulos brancos (células de defesa), que combatem as infecções. Quando há uma proliferação desordenada dos glóbulos brancos dos linfonodos, podem aparecer os chamados linfomas —cânceres nas células do sistema linfático.

Não se sabe exatamente o que causa um linfoma. Estudos indicam que pessoas com imunidade comprometida por causa de doenças genéticas, exposição a agentes químicos e altas doses de radiação têm mais chance de ter a doença.

Jane Fonda comentou o assunto: "Também precisamos falar muito mais não apenas sobre curas, mas sobre causas para que possamos eliminá-las. Por exemplo, as pessoas precisam saber que os combustíveis fósseis causam câncer. O mesmo acontece com os pesticidas, muitos dos quais são baseados em combustíveis fósseis, como o meu".

Principais sintomas do linfoma não-Hodgkin

  • Aumento dos gânglios linfáticos, especialmente na região do pescoço, das clavículas, axilas e virilhas, de maneira lenta e indolor;
  • Coceira;
  • Fadiga recorrente;
  • Febre e calafrios;
  • Suores intensos durante a noite;
  • Perda de peso (10% em menos de 6 meses) e de apetite.

A detecção precoce do câncer é uma forma de encontrar o tumor em fase inicial e, assim, trazer mais possibilidade de tratamento. Isso pode ser feito a partir de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.

Diagnóstico e tratamentos

São necessários vários tipos de exames para o diagnóstico adequado da doença. São eles que permitem determinar o tipo exato do linfoma e esclarecer outras características —essenciais para o tratamento. São eles: biópsia, punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

A estratégia de tratamento vai depender do tipo específico de linfoma, mas a maioria é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia, ou radioterapia.

*Com informações de reportagem publicada em 03/10/21.