Como funciona o teste para detectar covid longa, aprovado na Europa?
A União Europeia aprovou na última semana o primeiro teste para detectar a covid longa, quando há persistência de sequelas após a infecção pelo coronavírus —entre elas, déficits cardiovasculares, cognitivos e fadiga. O diagnóstico é feito via exame de sangue e se baseia em estudos que analisaram alterações moleculares em pacientes com a condição.
A expectativa é que o teste, chamado incellKINE, comece a ser utilizado já neste mês. Segundo a empresa IncellDx, a distribuição pode se expandir para outros países.
Na decisão, a União Europeia considerou resultados que apontam 90% de precisão no diagnóstico da covid longa. Toda a avaliação é baseada em marcadores biológicos, componentes das células capazes de indicar alterações ligadas a alguma doença. Neste caso, o exame considera estudos publicados no periódico científico Frontiers in Immunology e que indicaram possíveis mudanças causadas pela covid longa.
Em janeiro, uma dessas pesquisas apontou alterações em pacientes que apresentavam sinais do quadro há 15 meses. A análise detectou a presença de proteínas do coronavírus em células do sistema imunológico conhecidas como monócitos —como nos CD14+ e CD16+.
A equipe usou esses dados e desenvolveu uma tecnologia para identificar o "perfil imunológico distinto" ligado à doença em comparação ao de pessoas saudáveis, capaz de diagnosticar mudanças decorrentes da infecção por qualquer variante. O método usou processos que incluem inteligência artificial e aprendizado de máquina.
De acordo com a empresa, que descreve o teste como o primeiro a detectar covid longa, o diagnóstico é importante porque a condição pode se confundir com outras doenças e prejudicar a escolha do melhor tratamento.
"Muitos dos sintomas associados à covid longa, incluindo fadiga, confusão mental, falta de ar, insônia e uma ampla gama de problemas cardiovasculares, podem ser facilmente confundidos com outras condições", afirmou em comunicado o médico Bruce Patterson, diretor da IncellDx. "Ter uma ferramenta eficaz e, principalmente, objetiva para diagnosticar a condição é absolutamente essencial."
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