Minha TPM é muito forte, com sintomas físicos e mentais. Dá para controlar?
O primeiro passo, claro, é buscar a ajuda de um profissional da saúde. O tratamento deve ser individualizado e com acompanhamento multidisciplinar, que inclui mudanças no estilo de vida, na psicoterapia e, em alguns casos, o uso de medicamentos.
Por outro lado, existem certas iniciativas que você já pode começar a fazer para tentar minimizar os sintomas:
- Praticar exercício físico, que favorece o metabolismo, promove boa circulação sanguínea, contribui para redução do inchaço, reduz ansiedade e sintomas depressivos;
- Evitar alimentos estimulantes como café, chá preto, chá mate, refrigerantes e chocolates, que prejudicam o sono;
- Consumir nutrientes que ajudam o cérebro a produzir serotonina e endorfina, como vitamina B6, magnésio, selênio, triptofano, ômega 3, entre outros. Alguns exemplos de alimentos com esses elementos são: peixes, ovos, cereais, castanhas, leguminosas e derivados do leite;
- Recorrer aos chás diuréticos e calmantes como chá de valeriana, maracujá, melancia, limão, hibisco, camomila e erva-doce.
Além disso, caso você não apresente melhora do quadro após as mudanças comportamentais, o médico pode prescrever também o uso de anti-inflamatórios e analgésicos para as dores e diuréticos para o inchaço, assim como anticoncepcionais e ansiolíticos (por conta dos sintomas depressivos).
A síndrome pré-menstrual é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas que podem variar em diferentes graus de intensidade. Os principais sintomas emocionais são: depressão, tristeza e vontade de chorar, irritabilidade, ansiedade, insônia, sonolência, dificuldade de concentração e cansaço.
E os sintomas físicos são: dor de cabeça, fome em excesso, acne, aumento de peso, inchaço nas mamas, dores osteomusculares e distensão abdominal.
Vale saber que existem três fatores principais que justificam o agravamento dos sintomas no período pré-menstrual. O primeiro é o hereditário. Pessoas cujas mães apresentam sintomas fortes têm mais tendência a apresentá-los.
O segundo está relacionado ao fator externo. Quem é exposto ao estresse, seja no ambiente de trabalho ou em casa, apresenta risco aumentado para os sintomas mais severos.
E, por último, o fator endógeno, ou seja, a própria produção hormonal. Quem apresenta maior sensibilidade a variações hormonais está mais propenso aos sintomas de inchaço e dores. A queda de estrogênio gera vasodilatação, o que justifica a dor de cabeça. Por outro lado, o aumento da progesterona causa retenção hídrica, liberando prostaglandinas, substâncias que causam inchaço e dores.
Fontes: Isabela Zupo Teixeira, ginecologista do centro de saúde da mulher e da gestante do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo; Luane Barros, médica ginecologista e obstetra da MEJC (Maternidade Escola Januário Cicco), vinculada à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Luís Carlos Sakamoto, diretor da ginecologia geral do Centro de Referência da Saúde da Mulher, em São Paulo; Maria Cristina Meniconi, ginecologista do Fleury Medicina e Saúde; Tereza Beatriz de Sousa Faria Maia, médica ginecologista e obstetra coordenadora do Pronto Socorro Obstétrico do HospitaI Promater Rio Grande do Norte.
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