Fã diz que pegou piolho em show de Bieber; há sinais além da coceira?
A tiktoker Isa Paoli foi uma das fãs de Justin Bieber que conseguiu ver a apresentação do cantor no Rock in Rio de pertinho. Para ficar na grade, teve até mesmo quem usou fralda geriátrica na tentativa de driblar a vontade de ir ao banheiro. Já Paoli, contou que pegou piolho no show do astro canadense.
Em um vídeo, ela aparece próxima ao palco e, em outro momento, dentro de um salão de beleza, onde foi atendida por um profissional que pega os piolhos do seu cabelo —veja o registro abaixo.
"Eu já fui muito piolhenta, eu estou revivendo um pesadelo. Na nuca é onde mais tem, eu sei todos os macetes. Eu mato a belieber piolhenta, a humilhação não tem fim. Busca o pente fino, joga vinagre nessa cabeça, por favor", disse.
A transmissão ocorre por meio do contato pessoal (cabeça com cabeça) com uma pessoa com piolhos, e também pelo contato indireto com objetos de seu uso como pente, escova, echarpes, bonés, tiara, entre outros.
Piolho dá sinais além da coceira?
Para algumas pessoas, a manifestação pode não dar sinais (são assintomáticas). Porém, é comum ter coceira no prazo de até 6 semanas para pessoas que nunca tiveram piolho antes e em até 2 dias entre aquelas que já tiveram. Também é comum ter:
- Lesão da pele local (escoriação) e crostas na nuca e na parte de trás da orelha;
- Infecção bacteriana secundária;
- Sensação de que algo se movimenta na cabeça.
Quando procurar ajuda médica?
A dermatologista Carolina Contim Proença, assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), diz* que embora a afecção seja frequente, e exista solução farmacêutica que não requer receita médica, é importante falar com um médico para que ele avalie as condições gerais e oriente a terapia, sobretudo entre as crianças.
"Uma vez encontrado piolho em um membro da família, todos os membros devem ser examinados. Além disso, caso haja uma infecção secundária bacteriana, pode ser necessário o uso de antibióticos", acrescenta* Proença. Os especialistas indicados para essa consulta são o pediatra ou o dermatologista.
Como é feito o diagnóstico?
Na hora da consulta, o médico ouvirá a queixa do paciente, levantará seu histórico de saúde e fará o exame físico, dando especial atenção ao couro cabeludo.
Como não são necessários exames complementares, e o diagnóstico se baseia nesses dados, ele é chamado de clínico.
Como é feito o tratamento?
O objetivo dele é acabar com a infestação, o que se faz por meio de agentes antiparasitários usados por via tópica (loções ou xampus).
O paciente também será orientado a fazer a retirada manual das lêndeas com um pente fino, diariamente, até a completa remoção delas.
"A terapia evoluiu nos últimos anos e já temos um tratamento pela via oral (sistêmico), que é feito com a ivermectina. Geralmente ela é indicada quando as medidas tópicas não foram suficientes. Como as dosagens devem ser personalizadas, essa estratégia deve sempre ser guiada pelo médico", fala* a dermatologista Ana Lúcia França da Costa, professora da UFPI.
*Com informações de reportagem publicada em 17/05/22.
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