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Remédio genérico funciona? Por que eles são mais baratos?

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Imagem: iStock

Gabriel Dias

Colaboração para o VivaBem*

18/09/2022 11h42

Medicamentos genéricos não são uma novidade e praticamente todo mundo os conhece. Mais baratos que os produtos referência, esses remédios são de grande serventia para quem quer economizar. No entanto, justamente por essa vantagem do preço mais baixo, muita gente tende questionar a eficácia dos genéricos. Saiba que não há motivos para isso.

Os genéricos são comercializados há mais de 20 anos no Brasil e médicos e farmacêuticos garantem que eles funcionam exatamente igual ao "medicamento original".

Os genéricos contêm o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, que as versões com marca (originais). Também apresentam eficácia e segurança equivalentes, tudo comprovado cientificamente junto ao órgão regulador, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Por que os genéricos são mais baratos?

Para responder a essa pergunta é preciso voltar até antes de 1999, quando os preços dos remédios subiam rapidamente e, embora já existissem marcas similares, não havia garantia de qualidade. A partir da necessidade de drogas mais acessíveis à população, foi criada a Lei dos Genéricos (9.787/1999), que prevê que as patentes dos remédios de marca tenham apenas 20 anos.

Ou seja, depois de duas décadas da criação de um remédio referência, qualquer laboratório está autorizado a produzir medicamentos com a mesma formulação, sem precisar investir dinheiro em pesquisas ou testes —o grande motivo dos genéricos serem tão mais baratos.

O médico pode recomendar marca?

Na rede pública de todo o país, os profissionais de saúde são obrigados a prescrever receitas com o nome genérico nos medicamentos. Já na rede particular a conduta é determinada conforme leis municipais ou estaduais. Portanto, em muito locais os médico pode, sim, receitar o medicamento sob nome comercial.

Mas muitas entidades, como o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), recomendam que, sempre que possível, o médico deve receitar remédios pelo nome genérico, do princípio ativo. Na falta de genérico no mercado, se achar conveniente, poderá trocar o medicamento de marca por um similar de sua confiança, que tenha a garantia da equivalência terapêutica e seja mais barato, favorecendo o paciente a realizar o seu tratamento de modo completo.

Caso seja indicado um remédio de marca, o paciente tem o direito de solicitar ao médico o nome do princípio ativo, para optar por um produto genérico.

No momento da consulta, é muito importante que o paciente tire todas as dúvidas sobre o remédio prescrito. Caso seja indicado um medicamento referência, pergunte ao médico se há outras opções, em quanto tempo o remédio vai gerar efeito, se há contraindicações. Além de outras questões sobre a segurança e para saber o que esperar da droga.

E, na farmácia, o paciente pode solicitar ao farmacêutico a intercambialidade, isto é, quando o profissional avalia a prescrição e realiza a troca do medicamento original pelo equivalente.

Se a dúvida bateu só na hora de comprar o remédio e você não sabe se pode intercambiar o produto de marcar por um genérico, quais opções com a mesma fórmula a farmácia têm ou qualquer outra questão sobre medicamentos, fale diretamente com um farmacêutico. Ele é o profissional mais adequado do estabelecimento para responder às suas perguntas.

Além disso, informações publicadas no site da Anvisa são úteis para entender sobre os critérios de qualidade e descobrir quais remédios foram retirados do mercado.

*Com informações das reportagens publicadas no dias 19/02/2022 e 17/05/2019.

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