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Comer chocolate faz bebê mexer na barriga, como aconteceu com Viih Tube?

A influenciadora digital Viih Tube, 22, está grávida do ex-BBB Eliezer - Reprodução/Twitter
A influenciadora digital Viih Tube, 22, está grávida do ex-BBB Eliezer Imagem: Reprodução/Twitter

Do VivaBem, em São Paulo

27/09/2022 14h27

A influenciadora digital Viih Tube, 22, compartilhou em seus stories nesta segunda-feira (26) a dica que afirma ter recebido de uma médica para que o bebê mexesse durante o ultrassom: comer chocolate. A ex-BBB anunciou recentemente que está grávida de Eliezer, também ex-participante do reality.

"Na consulta, a médica falou assim: 'vou te dar um chocolate para ele acordar, ele ou ela, que vai mexer'. E aí, dito e feito. Comi chocolate, deitei de novo, ela fez [a ultrassonografia] transvaginal, e não é que o neném mexeu, o nosso pacotinho mexeu?", disse em seu perfil no Instagram.

A ideia de comer chocolate antes ou durante o ultrassom gestacional para estimular o movimento do feto, no entanto, é um "mito parcial", define Eduardo Cordioli, coordenador geral de Obstetrícia do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista. "Na verdade, qualquer alimento faz o bebê se mexer. Se o feto estiver em boas condições de oxigenação e boa vitalidade, toda vez que a mulher se alimenta, o bebê se mexe", explica o obstetra.

Quando chega comida ao feto através da alimentação da mãe, o nível de glicose (açúcar) aumenta e é produzida a insulina, hormônio responsável por metabolizar o açúcar para a produção de energia no corpo. Consequentemente, explica Cordioli, a frequência cardíaca aumenta, o que provoca a movimentação do bebê.

Nem sempre os movimentos são sentidos pela gestante. A percepção da movimentação fetal, segundo o médico, é mais forte a partir da 22ª semana de gestação.

E o chocolate?

A diferença em relação ao chocolate e outros alimentos é o alto nível de glicose na composição do doce, o que, em tese, poderia fazer com que o bebê se movimentasse mais. O médico explica que a prática de comer chocolate antes ou durante o exame, contudo, não é recomendável, especialmente em mulheres que já têm alguma contraindicação, pois pode levar ao excesso de açúcar no sangue.

"Toda vez que a gente faz a mulher grávida ter um pico glicêmico, podemos levar a resistência à insulina", diz Cordioli. "É uma orientação errada. O excesso de glicose na gravidez pode levar ao diabetes gestacional", afirma.

chocolate - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
A ideia de comer chocolate antes ou durante o ultrassom gestacional para estimular o movimento do feto não é recomendável, pois pode levar ao excesso de açúcar no sangue
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Luz e voz da mãe são estímulos seguros

O ultrassom transvaginal, que Viih Tube fez, é recomendável para acompanhar o início da gravidez, entre a 6ª e a 12ª semana, além de permitir a visualização interna dos órgãos do aparelho reprodutor feminino.

Durante o exame, o médico obstetra pode, se julgar necessário, estimular a movimentação do feto. Nem sempre, contudo, isso é necessário: segundo Cordioli, o movimento do bebê, na verdade, pode acabar atrapalhando a visualização de alguns detalhes.

Mas, se houver necessidade, alguns estímulos simples, como a iluminação localizada e a própria voz da mãe, podem ajudar. "O médico pode fazer um estímulo sonoro, pedir para a mulher andar ou tomar um suco, por exemplo", acrescenta. "Não precisa ter picos de alto índice glicêmico para fazer o bebê se mexer. Isso é um mito e pode fazer mal".

Cordioli destaca que é importante que a gestante tenha uma alimentação equilibrada, sem excesso de açúcar, e faça idealmente seis refeições ao dia, em quantidades fracionadas de alimento.