Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Paloma Duarte será operada por endometriose; quando a cirurgia é indicada?

Paloma Duarte descobriu ter endometriose - Reprodução/Instagram
Paloma Duarte descobriu ter endometriose Imagem: Reprodução/Instagram

De VivaBem*, em São Paulo

30/09/2022 12h15

A atriz Paloma Duarte, 45, contou nesta sexta-feira (30) que foi diagnosticada com endometriose, doença ginecológica de origem inflamatória que afeta as células do endométrio (tecido que reveste o útero). Ela disse que o seu caso é cirúrgico e que, por mais que o procedimento não seja tão invasivo, a possibilidade "a abala de várias formas".

Na condição, em vez das células serem expelidas no período menstrual, elas movimentam-se no sentido contrário, ou seja, para fora do útero, caem nos ovários ou na cavidade abdominal, e podem causar sangramento e dor, além de dificuldade para engravidar.

"Tem dia que é muito difícil lidar com o diagnóstico, tem dia que acordo e choro", escreveu a atriz em publicação no Instagram.

O tratamento da endometriose costuma aliar medicamentos e mudanças de estilo de vida (dieta e exercício físico). No entanto, para um terço das pacientes, a intervenção com remédios não leva ao resultado esperado e/ou apresenta efeitos adversos que atrapalham a qualidade de vida. Para estas, a cirurgia será a melhor opção, que também é indicada nas seguintes situações:

  • Quadros graves: com comprometimento do funcionamento do intestino, das vias urinárias (especialmente com risco de estenose) ou cisto volumoso (maior que 8 cm), ainda que não exista queixa de dor;
  • Dor intensa: dismenorreia (na região pélvica), dispareunia (dor durante a relação sexual), disquesia (distúrbio do trato gastrointestinal), disuria (dor ao urinar), dor lombar ou dor pélvica crônica;
  • Dificuldade para engravidar: em pacientes não graves.

No caso de Paloma Duarte, ela compartilhou que recebeu o diagnóstico apenas após sentir muita dor. "Eu demorei muito a perceber os sintomas, a levar a sério acho. Só quando a dor ficou insuportável que fiz a ressonância."

Como é o diagnóstico da endometriose?

Na hora da consulta, o médico irá ouvir a queixa, levantará o histórico de saúde e fará o exame ginecológico. Boa parte dos especialistas afirma que é possível fazer o diagnóstico apenas com esses dados porque os sintomas da endometriose são bastante característicos e, portanto, ele seria clínico.

Já outros profissionais acreditam que esses dados não são suficientes e que exames de imagem podem ser grandes aliados. Nesses casos, eles solicitam um mapeamento de endometriose, o que se faz por meio de ultrassom transvaginal especializado (não é o mesmo exame de rotina) e a ressonância magnética da pelve.

Os sintomas da doença variam de pessoa a pessoa, e podem até não se manifestar (são assintomáticos). Quando eles estão presentes, os principais são dor pélvica crônica e redução da fertilidade, mas também podem ser observados:

  • Dor durante e entre as menstruações;
  • Dor pélvica crônica;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Dor ao evacuar;
  • Dor ao urinar;
  • Dor nas pernas, costas e peito;
  • Cansaço;
  • Depressão ou ansiedade;
  • Náusea e inchaço abdominal;
  • Dificuldade para engravidar.

Há risco de a doença voltar após a cirurgia?

A endometriose é uma doença sem cura, por isso, mesmo após a cirurgia há risco dela voltar. O objetivo da intervenção cirúrgica é a retomada da qualidade de vida com a ausência de cólica e dores durante a relação sexual. Na maioria dos casos, o resultado é satisfatório. Mas existe a possibilidade de que a doença volte no futuro.

*Com informações de reportagem publicada em 21/03/22.