'Método keto': saiba como funciona a dieta do chefão do UFC
Após sofrer com problemas de saúde, o presidente do UFC Dana White decidiu mudar seus hábitos e afirma ter perdido, em 10 semanas, 13,6 kg. Uma das medidas que o ex-pugilista norte-americano revelou ter adotado foi a chamada dieta cetogênica (apelidada de 'keto', no inglês), que tem como característica principal a baixa ingestão de carboidratos.
O nome dela vem da palavra "cetose", espécie de queima da gordura induzida pelo corte radical dos carboidratos. Ao reduzir esse nutriente, que é o principal fornecedor da glicose (que dá energia para as células), o organismo busca outras fontes de combustível— principalmente a gordura, que é o nutriente mais ingerido na dieta cetogênica.
O processo, além de usar a gordura corporal, dá origem aos corpos cetônicos, moléculas que interferem nos hormônios envolvidos no apetite, como a grelina. A cetose é o principal trunfo da dieta cetogênica, que pode variar em formato e limite de calorias ingeridas.
No geral, o consumo de carboidratos fica abaixo de 50 g ao dia. Para se ter ideia, normalmente nós ingerimos cerca de 200 g ou mais do nutriente diariamente.
A dieta cetogênica é diferente da low carb, que também ganhou fama por reduzir os carboidratos do menu diário. Na low carb, a ingestão de carboidratos pode chegar a 150 g por dia, enquanto na cetogênica o limite varia entre 20 e 50 g.
Como fazer a dieta cetogênica
Primeiro, é preciso conversar com um profissional para entender a necessidade energética, uma medida individual que leva em conta fatores como idade, sexo, peso atual, altura e nível de atividade física. A partir daí, ele pode ou não estabelecer um limite de calorias diário.
O cardápio não é pré-definido, mas sim adaptado aos gostos de cada um, e é composto de carnes e alguns derivados —com exceção do leite —, vegetais à vontade e gorduras de qualquer tipo.
Não há um número exato de refeições por dia, pois cada pessoa sente fome em momentos diferentes. Para induzir a cetose, é preciso que o corpo passe um tempo em escassez de carboidratos. Por isso, a dieta tem duração mínima de 2 a 3 semanas, podendo chegar a 6 meses. No geral, por conta da restrição severa, o programa dura por volta de 40 dias.
Ela realmente ajuda a emagrecer?
Sim, por dois motivos: como os carboidratos compõem a maior parte das refeições, cortá-los reduz as calorias consumidas diariamente, levando ao emagrecimento; além disso, a cetose consome gordura corporal, o que também leva à perda de peso rápida.
Há ainda outros benefícios indiretos, como uma melhor ação da insulina, o hormônio que bota o açúcar para dentro das células, e diminuição da glicose em circulação, o que é bom para os diabéticos.
Ela é segura?
Sim, mas com ressalvas. Primeiro, a dieta não pode ser feita por tempo prolongado, pois é muito restritiva. Ela é eficaz a curto e médio prazo, mas os mecanismos fisiológicos envolvidos nela suscitam preocupações. Por isso, é fundamental que ela seja feita apenas com acompanhamento médico especializado, além de um nutricionista.
Feita por conta própria, a dieta pode ter efeitos apenas temporários. Nesse caso, a restrição abrupta pode desencadear picos de comilança que prejudicam no processo de queima da gordura. Até por conta disso, depois de um tempo os pães, açúcares e companhia voltam ao cardápio.
A restrição total e prolongada ainda pode levar à compulsão alimentar. É comum que ocorra o famoso efeito rebote, quando o peso eliminado volta de uma vez pela falta de manutenção dos bons hábitos.
Vale a pena fazer?
Sim, especialmente para quem luta contra a obesidade e/ou síndrome metabólica. Desde que, como falado anteriormente, seja feita com acompanhamento médico e por não mais do que seis meses.
Mas vale dizer que, assim como acontece com a maioria das dietas, o grande problema da cetogênica é manter os ponteiros da balança no lugar depois que ela termina.
Por isso, o acompanhamento especializado é importante: ele irá ajudar a encontrar uma nova estratégia alimentar para manter o peso perdido a longo prazo. O cuidado começa quando o período de restrição acaba, com a reintrodução gradual e muito bem controlada dos carboidratos.
*Com informações de reportagem do Ranking das Dietas, de VivaBem.
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