Criança tem mal súbito e morre no CE; o que é o problema e quem pode ter?
Uma criança de 11 anos teve um mal súbito na sala de aula e morreu nesta sexta-feira (14), em uma escola municipal no Bairro Jangurussu, em Fortaleza (CE). Keven Henrique Viana de Sousa chegou a ser socorrido por professores e por agentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu.
Equipes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Militar do Ceará e da Perícia Forense do Estado do Ceará foram acionadas para a ocorrência. Segundo as autoridades, somente após o laudo da perícia, será possível confirmar a causa da morte. O caso está a cargo do 30º Distrito Policial (30º DP).
De acordo com Edmo Atique Gabriel, cardiologista e colunista de VivaBem, chama-se de mal súbito quando uma pessoa, seja ela um adulto ou criança, começa a passar mal, dizendo que não está se sentindo bem, perde as forças e a consciência. "Ela perde a capacidade de se comunicar, apresenta mudanças na cor da pele, nos reflexos, vai enfraquecendo, até que não consegue mais ficar em pé ou reagir", diz.
Após esses sintomas, a pessoa tem uma parada cardíaca. Algumas morrem instantaneamente, outras após a manifestação de alguns sinais. Porém, dependendo do caso e se o paciente é socorrido rapidamente, pode se salvar.
O médico afirma que autópsia é fundamental para dizer o que pode ter levado ao quadro. Pode-se considerar um problema cardiológico, eventualmente até algum problema de nascença que se acentuou, ou alguma condição neurológica.
"Sabemos que crianças podem nascer com malformações no corpo, que são estruturas que se formaram de forma incompleta. Pode ser no coração, no cérebro e em outros órgãos. Mas nesses dois primeiros sempre é mais fatal. O coração porque cuida da nossa circulação e o cérebro porque é o centro de comando de todo o corpo", diz.
Prevenção é fazer exames
Como o mal súbito é resultado de algum problema prévio, a única forma de preveni-lo é realizar exames. "Normalmente, pelas crianças não serem taxadas como passíveis de doenças, elas não são levadas frequentemente ao médico para check-up, e isso é um grande erro", diz o cardiologista.
"Sempre falo para os pais sobre a importância do acompanhamento pelo menos anual das crianças", alerta. Segundo ele, tem que fazer exame de sangue, radiológicos, exames focados no coração e no sistema nervoso central —no caso o cérebro—, para poder saber se a criança não tem nenhum problema de saúde mais sério. "Exatamente para evitar um evento fatal, chocante e traumático como esse."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.