Com metástase nos ossos da bacia: entenda câncer que Susana Naspolini tinha
A jornalista Susana Naspolini morreu nesta terça-feira (25), aos 49 anos. Ela estava internada no Hospital Albert Einstein (SP) há uma semana por complicações de um câncer no osso da bacia já em fase de metástase, e que ela estava tratando desde março.
Naspolini foi diagnosticada com câncer pela primeira vez em 1991, aos 18 anos, quando descobriu um linfoma de Hodgkin (tipo raro que atinge o sistema linfático). Em 2010, aos 37, descobriu ter câncer de mama e, na sequência, na tireoide. Seis anos depois, teve outro tumor no seio. Em março deste ano anunciou o novo tratamento e, em julho, descobriu que doença se espalhou para a medula óssea.
Cânceres nos ossos têm produção anormal de células tumorais nos tecidos. A doença ainda pode ser metastática, caso de Naspolini, quando as células com mutações vêm de outras áreas do corpo. O câncer de mama é o tipo da doença que mais forma metástase nos ossos.
O câncer ósseo costuma demorar para apresentar sintomas. Por isso, o rastreamento é essencial para o diagnóstico precoce, além da atenção a eventuais sinais. Segundo a SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica), os sintomas mais comuns são:
- Dor: é o sinal mais prevalente. Não é constante de início, e a pessoa pode apresentar incômodo à noite e/ou fazer certos movimentos;
- Inchaço: costuma atingir a região em que a pessoa sente dor. Também é comum notar nódulos e acúmulo de massa na área;
- Fraturas patológicas: o câncer causa enfraquecimento dos ossos afetados, o que facilita fraturas;
- Dormência e formigamento aparecem caso o tumor pressione os nervos. É o caso, por exemplo, de cânceres nos ossos da coluna;
- Fadiga e perda de peso sem causa.
O que é metástase?
Em cânceres com metástase, a doença se espalha para outros órgãos do corpo, acumulando mutações que as células não conseguem controlar, remover ou matar.
Baseado em exames de imagens e patológicos, os cânceres têm classificações que vão do nível I ao IV —estágio mais avançado, em que existe metástase.
"As células do tumor trazem vantagens de crescimento e invasão, tornando-se mais agressivas. E a agressividade acaba resultando em uma maior invasão de tecidos e de órgãos, o que se traduz no surgimento de metástases", explica Leandro Machado Colli, professor da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo).
Essa invasão chega em vasos e faz com que as células circulem em outros locais, ou seja, a doença não está mais apenas localizada. Nesse estágio, por ser mais agressivo, o câncer precisa de tratamentos sistêmicos (como quimioterapia e imunoterapia, que agem em todo o corpo, diferente de intervenções localizadas).
*Com informações da SBCO e de reportagem publicada em 08/08/22.
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