Participante de BBB diz que não goza com penetração. Por que isso acontece?
Uma participante do "Gran Hermano", o "Big Brother" argentino, revelou detalhes sobre a vida sexual durante uma conversa com uma das amigas. No bate-papo, a modelo e atriz Julieta Poggio, 20 anos, disse que nunca conseguiu chegar ao orgasmo com penetração.
O assunto surgiu enquanto a colega Coti contava detalhes sobre o momento íntimo com outro participante. Julieta, então, perguntou se ela teve um orgasmo antes, durante ou depois da penetração com o rapaz. "Durante", respondeu Coti. Depois, Julieta falou: "Nunca consigo, sabe? Eu nunca posso transar."
Nas redes sociais, vários usuários foram rápidos em tirar sarro do namorado da participante, mas outros o defenderam assegurando que é um incômodo que ela mesma deve resolver com ajuda médica.
Por que algumas pessoas não conseguem chegar ao orgasmo?
Chamada de anorgasmia, essa dificuldade em atingir o orgasmo tem como principal causa fatores psicológicos, mas também pode estar relacionada a questões físicas. Se for algo orgânico, como baixo nível hormonal, ou até mesmo o uso de certos medicamentos, o médico poderá prescrever o tratamento ideal.
Por outro lado, a mulher pode ser diagnosticada com a musculatura do assoalho pélvico flácida. Isso dificulta a contração da vagina no pênis durante o sexo e diminui a excitação. Neste caso, o melhor é entrar em contato com um fisioterapeuta para que ele passe exercícios que fortaleçam essa região.
Descartadas todas essas hipóteses, o próximo passo é entrar em contato com um psicólogo especialista em sexualidade. Serão nas conversas com este profissional que provavelmente vocês encontrarão os motivos que desencadearam na dificuldade em chegar ao orgasmo.
Afinal de contas, traumas do passado, valores religiosos, tabus, pais rígidos e a baixa autoestima são alguns dos fatores que podem interferir diretamente na vida sexual de qualquer pessoa.
Só é possível ter orgasmo com penetração?
Outro ponto importante, segundo ressalta Larissa Cassiano, ginecologista e colunista de VivaBem, é a ideia de que para se alcançar o orgasmo é necessário ter penetração, desconsiderando que muitas pessoas não chegam ao orgasmo com penetração vaginal, sem que isso signifique uma patologia ou qualquer tipo de alteração.
A médica explica que uma pessoa pode ter orgasmo de outras formas, seja por estimulação do clitóris, da vulva, da pele, com penetração anal, ou por diversos caminhos para um único destino.
O conhecimento deste caminho pode ser a chave. Algumas pessoas precisarão de mais tempo de estímulos ou estímulos específicos. Conhecimento e conversa podem resolver muitas situações que poderiam ser consideradas patológicas.
Conhecer a própria anatomia e a do outro, saber diferenciar a vulva da vagina, reconhecer e entender que o clitóris é maior que o que se vê, entender que não existem pequenos e grandes lábios, mas, sim, lábios internos e externos, sem a referência de tamanho, pode ser um caminho.
Outro caminho é reconhecer que existem disfunções sexuais femininas, que podem ser caracterizadas por: falta de desejo sexual, excesso, desconforto e/ou dor na relação sexual.
Para um diagnóstico, são considerados a queixa da pessoa associada com a história clínica e um período mínimo de seis meses de sintomas, sem deixar de considerar que o diagnóstico pode ser alterado se houver outra patologia associada como, por exemplo, a depressão.
O tratamento deve ser direcionado à queixa da pessoa, em alguns casos com abordagem feita por: ginecologista, urologista, terapeuta sexual, fisioterapeuta pélvica, entre outros profissionais que podem auxiliar no processo. Saúde sexual é saúde e não precisa ser considerada como algo secundário da vida das pessoas.
Com conhecimento anatômico, informação, apoio entre parceiros sexuais, compreendendo que o tempo de excitação e a resposta sexual é diferente para cada indivíduo, é possível chegar a uma vida sexual mais tranquila e menos idealizada, afinal de contas, as relações podem ser de múltiplas formas, mas o orgasmo tem uma sensação única.
* Com informações de reportagens publicadas em 08/06/2021 e 23/02/2022.
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