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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Quais são os sintomas de DPOC, doença do ator Pedro Paulo Rangel?

Pedro Paulo Rangel está internado desde o início de novembro - Reprodução/Instagram
Pedro Paulo Rangel está internado desde o início de novembro Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

15/11/2022 15h49

O ator Pedro Paulo Rangel, que interpretou o personagem Calixto na novela 'O Cravo e a Rosa', atualizou os fãs sobre o seu estado de saúde. Ele enfrenta um quadro de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e está internado em um hospital do Rio de Janeiro desde o início do mês.

"Fora do CTI [Centro de Terapia Intensiva], mas ainda sem previsão de alta", escreveu o ator em uma foto no Instagram, em que aparece com uma sonda no nariz.

DPOC é definida como uma doença que engloba sintomas de bronquite crônica e enfisema pulmonar, o que dificulta bastante a respiração.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que até 2030 a previsão é que a condição se torne a terceira causa de morte no mundo. Já no Brasil, é a quarta causa de mortalidade: estima-se que 40 mil brasileiros morram todos os anos em decorrência de complicações da doença.

Os sintomas variam de leves a muito graves. A respiração fica cada vez mais difícil conforme a evolução da doença. "Os sintomas podem perdurar por meses ou anos. Há falta de ar e cansaço inicialmente ao realizar algum esforço. Mas é uma doença progressiva que causa crises e suscetibilidade maior no indivíduo para infecções respiratórias", afirma Mônica Corso, professora de pneumologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Muitas vezes, o cansaço é atribuído à idade, já a tosse com secreção é vista como um "pigarro normal", principalmente por quem fuma. Isso leva a um atraso no diagnóstico, o que compromete a qualidade de vida e aumenta a mortalidade. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e sintomas.

Veja, a seguir, quais são os principais:

  • tosse frequente com ou sem catarro;
  • falta de ar;
  • respiração ofegante;
  • aperto ou chiado no peito;
  • cansaço;
  • infecções respiratórias frequentes;
  • demorar mais tempo para expirar do que inalar.

Esses sintomas afetam muito o dia a dia de quem sofre com DPOC. Mas, infelizmente, ela ainda é bastante desconhecida, até mesmo por quem tem o problema.

O que causa a DPOC?

O principal fator de risco é o tabagismo —cerca de 85% dos casos ocorrem por causa dele. Por isso, fumantes (e também passivos) e ex-tabagistas estão entre os mais atingidos pela DPOC. Estima-se que cerca de um a cada cinco fumantes desenvolve a doença. Isso ocorre porque as partículas e os gases tóxicos do tabaco causam inflamações nos pulmões.

"Importante frisar que não é apenas o cigarro comum que causa DPOC. A queima do tabaco em outros dispositivos como cachimbos, charutos ou narguilé também são prejudiciais à saúde e aumenta as chances da doença. Além disso, quem está exposto frequentemente a poluição atmosférica, fumaça tóxica e produtos químicos fica mais suscetível", diz Celso Padovesi, pneumologista da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Há também casos de pessoas com predisposição genética para a DPOC. Acredita-se que 5% dos indivíduos com a doença tenham deficiência de uma proteína chamada alfa-1-antitripsina.

Quem tem asma ou outras condições respiratórias também está mais suscetível à doença. E algumas profissões expõem trabalhadores a fatores de risco para a DPOC —é o caso de quem trabalha com produtos químicos, gases e poeira sem proteção. Ao inalarem esses poluentes com frequência, comprometem seriamente os pulmões.

*Com informações de reportagem publicada em 30/11/20.