Diabetes, depressão e DPOC: veja 8 famosos que vivem com doenças crônicas
Doenças crônicas são aquelas que duram por um período prolongado, geralmente considerado a partir de três meses, ou acompanham o paciente para o resto da vida.
Alguns exemplos são diabetes, hipertensão, asma, depressão, doenças crônicas do coração (como arritmia), doenças crônicas pulmonares (como bronquite e DPOC), câncer e insuficiência renal —aliás, essas condições são as mais prevalentes no Brasil.
Os quadros não colocam a vida do paciente em risco em um curto prazo, ou seja, não são consideradas emergências médicas. Mas para que a pessoa possa ter longevidade e garantir uma boa qualidade de vida, o acompanhamento regular com médicos e outros profissionais de saúde, quando há necessidade, é essencial.
Com frequência, famosos revelam que convivem com alguma dessas doenças, e como lidam com o diagnóstico e tratamento. Abaixo, veja uma lista com 8 deles:
1. Pedro Paulo Rangel - DPOC
O ator, que interpretou o personagem Calixto na novela 'O Cravo e a Rosa', enfrenta um quadro de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e está internado em um hospital do Rio de Janeiro desde o início de novembro.
"Fora do CTI [Centro de Terapia Intensiva], mas ainda sem previsão de alta", escreveu o ator em uma foto no Instagram, em que aparece com uma sonda no nariz.
DPOC é definida como uma doença que engloba sintomas de bronquite crônica e enfisema pulmonar, o que dificulta bastante a respiração. Após a identificação da doença, recomenda-se que a pessoa pare de fumar, caso ainda use cigarro.
Para quem sente falta de ar, são indicados medicamentos inalatórios (popularmente conhecidos como "bombinhas"). Eles ajudam a relaxar os músculos próximos das vias respiratórias, o que facilita a passagem de ar. Já os medicamentos como corticoides diminuem as inflamações e retardam a lesão pulmonar.
2. José Loreto - Diabetes
O ator faz o tratamento do diabetes tipo 1 desde mais novo. A doença tem como principal característica o excesso de glicose no sangue —um tipo de açúcar, produzido a partir dos alimentos que a gente ingere, e nossa principal fonte de energia.
O diabetes pode ter duas causas diferentes: nos pacientes com diabetes tipo 1, o organismo deixa de produzir insulina, o hormônio que leva a glicose para dentro das células, para que o açúcar seja usado como combustível.
Já em pacientes com diabetes tipo 2, o organismo não produz quantidade suficiente de insulina ou não consegue empregar o hormônio produzida de forma adequada.
Loreto, aliás, postou uma foto em maio deste ano que chamou atenção por um fator inusitado: um sensor acoplado no bumbum. O aparelho utilizado por ele é responsável por fazer o acompanhamento dos níveis de glicemia, que é a quantidade de glicose (açúcar) no corpo.
3. Kelly Key - Psoríase
Em 2021, a cantora contou como é conviver com psoríase, uma doença da pele crônica e inflamatória que leva ao aparecimento de placas avermelhadas (ou rosas) proeminentes, e apresentam escamas esbranquiçadas ou prateadas. Essas placas se formam a partir do crescimento anormal de células cutâneas.
Em seu canal do YouTube, Kelly falou que sofre preconceito das pessoas, que acham que a doença é contagiosa —o que não é verdade.
"Quem passa pelo mesmo que eu sabe que é desesperador. A psoríase é desmotivante, leva a gente para lugares muito chatos e perigosos da gente ficar, como depressão. A gente sofre o preconceito das pessoas também porque acham que é contagioso", desabafou a cantora.
Sem cura, o objetivo do tratamento da psoríase é obter o controle total ou parcial dos sinais e sintomas da psoríase. E ele é sempre personalizado, porque deve corresponder ao nível de gravidade de cada quadro. Para esse fim, os médicos têm à disposição medicamentos tópicos, sistêmicos e fototerapia.
4. Malvino Salvador - Asma e pressão alta
No Conexão VivaBem de 2020, o ator contou que começou a se exercitar ainda quando criança, aos seis anos, porque tinha asma. Anos depois, a prática de atividades físicas o ajudou em outro problema de saúde: a pressão alta.
"Eu comecei a fazer natação e judô desde os seis anos de idade. A natação foi por indicação médica, porque era asmático. Nadei durante sete anos e eu enveredei para as competições. Isso foi fundamental para que a minha asma acabasse mais ou menos por volta dos 13 anos", lembrou.
Mais velho, Malvino lembrou que ainda se alimentava mal. Ao sair das festas, comia três x-salada cheios de maionese. "Estava tudo errado na minha vida. E aí eu tive que mudar os meus hábitos. Eu fiz, primeiro, uma dieta rigorosa, parei com essa loucura de ficar saindo direto e comecei a sair normalmente, como pessoas normais equilibradas. E minha pressão é normal desde então".
5. Tiê - Vitiligo
Aos 11 anos, as primeiras manchas brancas começaram a aparecer no rosto e no corpo da cantora Tiê Biral. Na época, ela era modelo e as pessoas ficavam perguntando o que era aquilo ou a olhavam com receio de que fosse algo transmissível.
Mas o vitiligo não é transmissível. Trata-se de uma doença crônica e autoimune, em que as células de defesa do organismo, por equívoco, "atacam" e destroem os melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina, que dá cor à pele —por isso ocorre sua despigmentação.
"Tinha e ainda tenho poucas manchas, mas, mesmo assim, as pessoas perguntavam, achavam que pegava —e não, né? Mas elas tinham essa aflição, e eu sofria muito", contou a artista, à VivaBem.
6. Felipe Neto - Depressão
No início deste ano, o youtuber fez um desabafo sobre a depressão e afirmou estar conseguindo "sobreviver" com ajuda de amigos, da família e de medicamentos.
"Eu caí. Eu caí legal mesmo. E estou lá: no fundo do poço com 20 cm de fezes, que não é suficiente para me afogar, mas o suficiente pra querer afogar. Então? É onde eu estou", escreveu ele.
O sintoma clássico da depressão é a tristeza prolongada, por isso é comum as pessoas dizerem que estão deprimidas quando, na verdade, estão tristes porque algo de ruim aconteceu. Mas na depressão, a tristeza é um sentimento muito mais constante, que se manifesta pela maior parte do dia, quase diariamente, e por um tempo prolongado.
7. Paula Toller - Diabetes
Desde que descobriu a doença, a atriz cortou o açúcar e deixou de consumir alimentos processados. A cantora contou que "foi um baque" descobrir a o diabetes, mas que hoje tem a "sensação de ser mais saudável".
A alimentação, de fato, tem um papel importante no tratamento da doença. É possível controlar o diabetes apenas com dieta e exercícios no início, mas é importante seguir sempre a orientação médica. Só é preciso tomar muito cuidado com fitoterápicos que prometem baixar a glicose, chás, dietas milagrosas e jejuns que prometem tratar o diabetes naturalmente.
Por isso, entre as estratégias, há planejamento alimentar, prática de atividade física, além do uso de insulina e de alguns medicamentos, como os antidiabéticos orais.
8. Giulia Gam - Depressão
Em 2019, a atriz, que atuou em telenovelas como "O Primo Basílio" e "Boogie Oogie", foi internada em uma clínica psiquiátrica para tratar da depressão.
Segundo a reportagem exibida na época, no programa "A Tarde é Sua", a atriz já teria sido diagnosticada com o quadro há anos e inclusive se afastou da trama de "Novo Mundo", da Globo, por conta da doença.
Apesar de comum — a depressão atinge cerca de dois milhões de pessoas por ano só no Brasil — as internações não são típicas. De acordo com especialistas, elas só são recomendadas em alguns casos: quando o paciente oferece risco a si próprio ou a terceiros, ou quando não é possível tratar fora da clínica — situações em que os pacientes se recusam a tomar medicações ou não tem quem os acompanhe.
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