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Quais as reações da vacina da covid-19 em bebês?

Imunizante da Pfizer é usado no público a partir dos 6 meses até os 5 anos - iStock
Imunizante da Pfizer é usado no público a partir dos 6 meses até os 5 anos Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

28/11/2022 13h42

A campanha de vacinação para bebês a partir de 6 meses começou no Brasil dois meses após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O esquema vacinal usa o imunizante da Pfizer em três doses, o mesmo já utilizado para as crianças de 3 e 4 anos.

O imunizante tem a tampa de cor vinho para facilitar a diferenciação da vacina para os demais públicos. Apesar do princípio ativo igual, há diferença na dosagem em comparação à dose das crianças a partir dos 5 anos e do público adulto.

Os efeitos colaterais, entretanto, são praticamente os mesmos dos já observados em crianças mais velhas, de acordo com o infectologista pediátrico Renato Kfouri.

"Os estudos para a vacina nos bebês foram comparativos em termos de resposta imune e segurança. O risco desses eventos adversos são muito semelhantes, não houve diferença em comparação às crianças maiores e aos adolescentes", explica Kfouri, que é presidente do departamento de imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Para assegurar a eficácia da vacina no público, os estudos consideraram o nível de proteção contra o vírus e o perfil de tolerabilidade às reações adversas. Esses índices devem ser no mínimo semelhantes ao público a partir dos 5 anos, diz Kfouri.

A Pfizer informou que "foi observada robusta resposta imune no grupo etário, com capacidade de produção de títulos de anticorpos neutralizantes e de soroconversão não inferiores à coorte de adultos".

A bula da Pfizer divide as reações adversas para o público entre 6 meses e 2 anos e para crianças até os 5 anos. Veja abaixo os efeitos colaterais para cada grupo:

Quais são as reações em bebês e crianças até 2 anos?

Eventos muito comuns (ocorrem em 10% dos vacinados, diz a Pfizer):

  • Diminuição de apetite;
  • Irritabilidade;
  • Febre;
  • Sensibilidade e vermelhidão no local da injeção.

Comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos vacinados):

  • Erupção cutânea (lesão na pele);
  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Inchaço no local de injeção.

Incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos vacinados):

  • Aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas);
  • Urticária (alergia da pele com forte coceira);
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço;
  • Lentidão de reações e reflexos;
  • Calafrios.

Desconhecida (raro):

  • Reação alérgica grave (anafilaxia).

Quais as reações em crianças até 5 anos?

Eventos muito comuns (ocorrem em 10% dos vacinados, diz a Pfizer):

    • Diarreia;
    • Febre;
    • Dor e vermelhidão no local de injeção;
    • Cansaço.

    Comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos vacinados):

    • Dor de cabeça;
    • Vômito;
    • Dor nas articulações;
    • Dor muscular;
    • Calafrios;
    • Inchaço no local de injeção

    Incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos vacinados):

    • Aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas);
    • Erupção cutânea (lesão na pele);
    • Urticária (alergia da pele com forte coceira);
    • Diminuição de apetite, náusea e dor nos membros (braço);
    • Astenia (fraqueza, cansaço físico intenso).

    Desconhecida (raro):

    • Reação alérgica grave (anafilaxia).

    Quando as reações aparecem?

    Kfouri lembra que é normal os efeitos surgirem até 48 horas após a aplicação da vacina. Por isso, é preciso investigar sintomas que aparecem após esse período, pois podem ser causados por outras questões de saúde.

    "Esse é o prazo que eventos acontecem com qualquer vacina, o que vier depois provavelmente não se trata do imunizante e deve sempre ser avaliado", diz o infectologista.