Dengue: veja sintomas que você deve conhecer e quando ir ao médico
A cada ano, a temporada de chuvas do verão brasileiro traz consigo também o aumento da incidência da dengue, uma arbovirose transmitida pela picada dos mosquitos do gênero Aedes —entre eles, o mais conhecido é o Aedes Aegypti.
Há quatro sorotipos conhecidos da dengue: o DEN1, DEN2, DEN3 e o DEN4. Endêmica no país, a doença teve uma forte alta de casos em 2022: de acordo com o Ministério da Saúde, foram mais de 1,3 milhão de casos entre janeiro e o início de outubro —um aumento de 184,6% em relação ao mesmo período de 2021.
O problema é que os sintomas iniciais da dengue podem se assemelhar muito com outras viroses consideradas mais fáceis de serem tratadas. No entanto, quando a dengue evolui para a forma grave, ela provoca hemorragia e pode levar o paciente à morte.
Por isso, é importante ficar de olho nos sintomas que a doença provoca e procurar ajuda médica diante da intensificação deles e do agravamento do quadro. Confira a seguir os principais sintomas e quando é importante buscar ajuda médica para a dengue.
Quais são os sintomas mais comuns da dengue?
Febre
Costuma ser a primeira manifestação da doença e começa de forma abrupta, com duração que pode variar entre dois a sete dias. A temperatura sobe bastante e pode chegar e 40°C.
Dores
Dores intensas de cabeça e no corpo também são sintomas da dengue. Não à toa, ela é popularmente conhecida como "febre quebra ossos". As dores podem atingir as articulações, os músculos (especialmente das costas), atrás dos olhos e na cabeça.
Náuseas, diarreia e vômito
O mal-estar generalizado da dengue pode provocar também náuseas e falta de apetite, bem como manter o paciente deitado a maior parte do tempo. Diarreia e vômito também podem aparecer em decorrência da doença.
Manchas vermelhas no corpo
Nem todos os infectados têm, os chamados exantemas podem surgir a partir do terceiro dia de febre e se concentram na região do tórax.
Erupção cutânea
Diferente das manchas avermelhadas, o "rash" cutâneo, como é chamado, provoca coceira intensa e pode surgir entre o terceiro e quinto dias da infecção.
Quais os sintomas que podem indicar gravidade?
Na fase inicial da dengue, é difícil determinar de qual tipo da doença estamos falando. Por isso, é importante observar se os sintomas existentes se tornam mais intensos e/ou se há novos sintomas surgindo ao longo dos dias.
A fase crítica, quando a doença se agrava, costuma ocorrer entre o terceiro e sétimo dias da infecção. Mulheres grávidas, crianças e pessoas acima dos 60 anos têm mais risco de desenvolver complicações, bem como pacientes com alguma doença crônica (como asma, diabetes, anemia e hipertensão).
Pessoas que já foram infectadas por outros sorotipos da dengue também têm mais probabilidade de desenvolver formas graves da doença. Isso porque os anticorpos produzidos na primeira infecção, em vez de neutralizarem o vírus, facilitam sua entrada nas células, aumentando assim a carga viral.
Outro problema é que a nova infecção pela dengue pode também provocar uma resposta imunológica exacerbada no corpo, criando condições para uma inflamação descontrolada e perigosa para o corpo.
No geral, os sintomas que indicam um caso grave da doença são:
- Sangramento pela gengiva e pelo nariz;
- Vômitos persistentes;
- Dor na região abdominal;
- Letargia ou irritabilidade;
- Aumento do volume do fígado.
Quando procurar o médico?
A recomendação dos especialistas é que todo indivíduo com suspeita de dengue busque ajuda médica, já que existe o risco de evolução grave da doença. Além disso, há o risco de se fazer um "autodiagnóstico" errado, já que os sintomas iniciais da dengue também estão presentes em outras viroses, como a gripe.
Uma vez na unidade de saúde, o médico pode avaliar o estado geral de saúde da pessoa e determinar o melhor tratamento —seja ele feito em casa ou no próprio hospital.
Crianças, gestantes e idosos são especialmente vulneráveis à doença. Por isso, devem ir ao médico tão logo os primeiros sintomas apareçam, já que existe o risco de desidratação caso vômitos e diarreia persistam.
Fontes: Ingrid Cotta, médica infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Kaline Maria Nogueira, assessora médica do Centro de Patologia Clínica, do Grupo Fleury, no Rio Grande do Norte; e Mauro Cesar Almeida Ferreira, clínico geral da Clinica Médica AmorSaúde Belém Bengui.
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